O governo anunciou o PAC das universidades e criou um mal-estar nos Institutos Federais, também em greve. O que chama a atenção neste governo, focado em gasto, arrecadação com mais tributos e sem corte de despesa, é o anúncio já feito para construir mais 100 institutos federais pelo Brasil, sendo que três deles aqui em Santa Catarina.

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Inquestionável o fato de que o país precisa ampliar a oferta de vagas no ensino superior e profissionalizante, mas espera-se que a ampliação ocorra de forma sustentada, com dinheiro no orçamento e perenidade.

Não é o que se vê.

Enquanto o orçamento destas importantes unidades educacionais está congelado há quase dez anos, falta verba para custeio. É inadmissível que uma peregrinação por emendas parlamentares seja necessária para garantir o recurso para fazer a manutenção ordinária de um instituto federal.

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Placas fotovoltaicas estão jogadas nos corredores do IFSC de Coqueiros porque compraram os equipamentos mas o telhado precisa ser reformado para suportar a nova carga. Não havia o dinheiro para a reforma, que deve aportar, também, via emenda parlamentar.

Um professor do IFSC Criciúma, na condição de anonimato, disse à coluna:

“Nós hoje, estamos dependendo de emendas parlamentares para conseguir arrumar infraestrutura”, desabafou.

Falta dinheiro para a manutenção básica e professores estão em greve. Sem cuidar do que já temos, é prioridade e faz sentido construir novas unidades sem dinheiro previsto no orçamento?

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