O escritor uruguaio, Eduardo Galeano, fez o alerta: “O crime compensa quando praticado em grande escala. A impunidade recompensa o delito, induz à sua repetição e faz sua propaganda: estimula o delinquente e torna contagioso seu exemplo”.

Continua depois da publicidade

Siga as notícias do Hora no Google Notícias

A decisão da última semana do ministro do STF Dias Toffoli, de que as provas oriundas dos acordos de leniência na Lava Jato na Odebrecht e também dos sistemas Drousys e MyWebDay, são imprestáveis em qualquer âmbito ou grau de jurisdição, aponta para um cenário inacreditável.

A Odebrecht pagou aproximadamente US$ 788 milhões em propina, em 12 países, incluindo Brasil, Angola, Argentina, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela. A informação consta no documento do Departamento de Justiça (DoJ) dos Estados Unidos.

Ocorre no Brasil a reviravolta total em tudo o que a Lava Jato representou. Claro que houve erros, parcialidade, as conversas entre o ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador da República, Deltan Dallagnol, não deveriam ter ocorrido, mas nelas não há evidência sendo forjada, nem combinação de sentença. Os crimes não foram inventados, aconteceram. E na tentativa de reescrever a história, o que está sendo feito agora é valorizar mais os excessos cometidos na operação do que o esquema bilionário de corrupção.

Continua depois da publicidade

Não é razoável. Está errado.

Leia Mais:

Donos de imóveis estão se tornando milionários em cidade de SC; entenda o motivo

País europeu escolhe Santa Catarina e facilita cidadania