Alvo da Operação Pleumon da Polícia Federal (PF) e Ministério Público Federal (MPF) nesta quarta-feira (30), ​junto com o governador Carlos Moisés da Silva e o ex-assessor especial da Casa Civil, Sandro Yuri Pinheiro, o ex-secretário da pasta, Amandio João da Silva Júnior, se manifestou por nota nesta quinta-feira (1). Ele nega ter pedido 3% de pedágio para não cancelar o contrato de compra dos 200 respiradores por R$ 33 milhões.

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Confira a nota:

Amandio João da Silva Júnior, empresário e ex-secretário da Casa Civil do Estado de Santa Catarina, tendo sido alvo de medida deflagrada pelo Superior Tribunal de Justiça em face do cargo que ocupava, venho a público esclarecer: – que a busca por culpados pelo “escândalo dos respiradores” começou na Assembleia Legislativa de nosso estado, para a qual os esclarecimentos que prestei há meses atrás foram suficientes para evidenciar a inexistência de qualquer ato ilícito relativo a minha pessoa, o que justifica a minha ausência do rol de 13 pessoas acusadas pela CPI; – que a análise da procuradoria da república que motivou a decisão do Exmo. Ministro do STJ insiste na busca de culpados a qualquer custo e, lamentavelmente, baseou-se exclusivamente em conversas descontextualizadas e desprezando os diversos depoimentos já colhidos pela referida CPI, culminando por adotar presunções já afastadas por essa última; – que a insinuação da cobrança de um “pedágio” de 3% foi extraída de determinada conversa de empresários que não identificam o destinatário do suposto pedido, sendo calunioso o direcionamento desta solicitação à minha pessoa posto que NUNCA fiz qualquer solicitação de tal espécie, seja como Secretário Adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, seja como Secretário da Casa Civil. Estava fora do governo durante todo o período da compra dos respiradores, e retornei com o intuito de colaborar na superação da crise gerada. Assim, me afastei do governo quando essas mesmas insinuações foram utilizadas para fomentar a crise que objetivava superar, e ao mesmo tempo macular toda a minha trajetória junto à diversas entidades ligadas ao associativismo catarinense. Preferi me recolher para preservar meus familiares em momento difícil, e para não permitir que presunções e insinuações fossem utilizadas em detrimento de um governo que busca modificar décadas de leniência com a máquina pública. Todavia, o afastamento não pode virar silêncio que convalide inverdades. O entendimento que motivou a medida cautelar é decorrente de presunções, e não de fatos verídicos.