As empresas de fretamento de ônibus e que geram 30 mil empregos diretos em Santa Catarina apostam na revisão de contratos para sobreviverem após novo anúncio da Petrobras de aumento no diesel (8,87). Com o acumulado de 47% de reajuste no principal insumo em 2022, o segmento reclama que não recebeu ajuda, pagou IPVA por veículo parado na pandemia e que o novo preço inviabiliza o transporte de funcionários das indústrias.
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A coluna conversou com o presidente da Associação das Empresas de Transporte Turístico e Fretamento de Santa Catarina (AETTUSC), Nilton Pacheco.
Confira a entrevista:
O que representa para o segmento de fretamento de transporte de passageiros o aumento de 8,87% no diesel e o acumulado de 47% em reajustes em 2022?
Este novo aumento inviabiliza principalmente os contratos com o transporte de funcionários das indústrias, que têm seus contratos com reajustes anuais. Diferente de turismo e linhas que você repassa o aumento na tarifa, no fretamento de funcionários é muito mais difícil. Recém o setor conseguiu repactuar os aumentos de janeiro e já tivemos mais 24% acumulado após. Hoje para sobrevivência do setor somente se houver um ajuste coletivo de contratos, colocando uma espécie de gatilho, em que se houver aumento de diesel aumenta o valor dos contratos na proporcionalidade do diesel. O diesel representa de 30 a 35% do custo de um contrato.
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Como está o setor atualmente. Já retomamos o patamar pré-pandemia?
O setor ainda não se recuperou da pandemia, não teve incentivos ou apoio do governo, para se ter ideia até IPVA da frota parada por decreto nos pagamos.
Quantos empregos o setor emprega em SC atualmente?
O setor gera hoje em torno de 30.000 empregos diretos.
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