Pelo que se viu na véspera do feriado de Páscoa, há motivo de preocupações em Santa Catarina. Movimentação intensa nas estradas e aglomerações para comprar o peixe tradicional da sexta-feira santa representam risco maior de contágio de Covid-19.
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Nesta quinta-feira (1) houve aglomeração no Mercado Público de Florianópolis. Os clientes e trabalhadores estavam usando máscara, mas não houve respeito ao distanciamento social.
Os congestionamentos nas estradas representam que as pessoas estão viajando para passear e visitar seus familiares. A recomendação dos epidemiologistas é para “celebrar a Páscoa com as pessoas que vivem na sua casa”, numa mensagem muito clara de evitar a interação pessoal e o contágio.
“Estamos no pior momento da pandemia no Brasil em função da circulação das variantes do vírus, esgotamento dos recursos de assistência à saúde, medidas legislativas fracas frente ao cenário epidemiológico e vacinação ainda lenta. O aumento da circulação e aglomeração de pessoas em função da Páscoa pode trazer maior número de pessoas infectadas e doentes graves que necessitarão de UTI num momento de escassez de recursos para garantir o adequado atendimento. Além disso, a circulação e aglomeração propiciam a disseminação das novas variantes, bem com o surgimento de novas variantes virais, que são de comportamento imprevisíveis”, afirma a médica epidemiologista Ana Luiza Curi Hallal, professora do Departamento de Saúde Pública da UFSC.
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Em quase um mês, Santa Catarina reduziu em 33% o total de casos ativos de Covid-19, informa o colega Cristian Weiss. Entretanto, a taxa de ocupação de leito de UTI adulto atinge 97,8% pelo SUS. Atualmente, são 280 pacientes que aguardam por leitos de UTI na rede.
O comportamento das pessoas e a mobilidade social vão definir nos próximos dias se estes números irão piorar ou melhorar.
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