A nova reitora da Acafe, Luciane Bisognin Ceretta, estabeleceu como prioridade viabilizar o acesso e a permanência dos alunos nas 14 instituições de ensino superior do sistema das fundações educacionais. Em conversa com a coluna, ela falou que tem conversado com o governador Jorginho Mello sobre o projeto da Faculdade Gratuita, prometido na campanha. Na entrevista a seguir, ela também diz o que espera do governo Lula na educação.

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Confira:

Qual será a sua prioridade como presidente da Acafe ?

A prioridade será, em conjunto com os reitores de nossas instituições comunitárias de educação superior, conduzir a reorganização da governança interna, e paralelamente a isso, ajudar na construção das estratégias que viabilizem o acesso e a permanência dos estudantes nas nossas instituições. Hoje temos o Uniedu, e teremos logo ali, o programa Universidade Gratuita. Além disso, estamos muito focados na internacionalização das nossas instituições, na elaboração de redes colaborativas internas e externas, na construção de projetos estratégicos para a excelência no ensino, na pesquisa, na extensão e na prestação de serviços. Outra questão importante desta nova gestão, é a socialização da Acafe para a população catarinense, uma vez que as universidades e centros universitários comunitários são um patrimônio do Estado de SC. Ainda, o forte envolvimento das nossas instituições no ecossistema de ciência, tecnologia e inovação e, por fim, a nossa forte atuação pelo marco regulatório das universidades comunitárias junto ao Ministério da Educação.

A sua posse foi muito prestigiada e contou com a presença do governador Jorginho Mello. A senhora já conversou com ele sobre como irá ocorrer a gratuidade de mensalidade para todos os alunos, segundo prometeu Jorginho?

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Sim, estamos em diálogo com a equipe de transição do governador Jorginho, já levantamos muitas informações que são necessárias a eles para compreenderem o cenário e então construírem as condições objetivas de construção da proposta à luz dos aspectos jurídicos. Nossas equipes estão de prontidão, para apoiar a qualquer tempo a construção do projeto, que entendemos ser um projeto para o desenvolvimento do Estado de SC, muito mais que a oferta de bolsas de estudo.

A senhora espera o que do governo Lula como política educacional ?

Faço parte da presidência do Conselho De Reitores das Universidades Brasileiras, o CRUB, que reúne todas as entidades educacionais do setor público, confessional, privadas e comunitárias. Temos, por meio do CRUB, dialogado com a equipe de transição do governo Lula e buscado apresentar nossas pautas. Temos sido muito bem acolhidos. Nossas expectativas são de que seja possível valorizar a educação superior de qualidade, a efetivação do Marco Regulatório das Universidades Comunitárias, a valorização da ciência e da pesquisa com atualização de valores das bolsas e fomento para a pesquisa, e a execução do Plano Nacional de Graduação, bem como do Plano Nacional de Pós- Graduação construído coletivamente por diversas entidades de representação. Ainda, esperamos que se revise as regras para o FIES, que historicamente viabilizou o ingresso de muitos estudantes ao ensino superior. Nós, entidades educacionais, nos colocamos à disposição para construir o projeto da educação brasileira uma vez que nosso interesse é o desenvolvimento do país. Entendemos, portanto, que todo o projeto de desenvolvimento para o país, passa pela educação.

De que forma a acafe pode se aproximar ainda mais da sociedade catarinense para encontrar soluções para resolver os problemas do Estado?

A Acafe, por meio das nossas 14 IES, já está fortemente conectada às nossas regiões e absolutamente envolvida com os projetos fundamentais ao desenvolvimento do nosso Estado em cada uma de nossas regiões. Nossas universidades têm se conectado com diversos países por meio dos mais de 200 acordos internacionais, buscando expertises em todas as áreas do conhecimento. No entanto, nosso compromisso é com o desenvolvimento das nossas regiões. Pretendemos estar cada vez mais próximos e conectados com o setor público, o setor produtivo e as entidades sociais.

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