O esforço, visão e investimentos dos empreendedores da Serra Catarinense é inversamente proporcional à ação do Poder Público. É inaceitável a infraestrutura oferecida ao morador e turista da região. O acesso de Rio Rufino para Urubici, SC-370, aguarda há 40 anos pelo asfalto; e na BR-282 o motorista a encara com uma certeza: vai pegar fila, no mínimo, em Santo Amaro da Imperatriz, na Grande Florianópolis.

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Urubici é uma das cidades que mais receberam investimento privado nos últimos anos, algo não acompanhado pela Celesc. Problemas na rede ocorrem nos finais de semana, quando a cidade tem aumento da população com a chegada dos turistas.

Visionários como Juarez Filho (Parque Turístico Altos da Serra do Corvo Branco), Erionei Mathias (Parque Cachoeira Papuã) e Roberto Martins (Hospedaria Rural Serra Bela), fizeram investimentos pesados para receber os visitantes. Mas o mínimo que se espera é que ocorra uma contrapartida do Poder Público em dar a infraestrutura necessária.

Falta, também, ao mundo político, como prefeituras e vereadores locais, a visão estratégica, integrada e de um planejamento de curto, médio e longo prazos. Trabalhar no embelezamento das cidades, treinamento e capacitação de atendimento, deixar a política miúda de lado e pensar com interesse público.

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Do ponto de vista das belezas naturais, a Serra Catarinense é mais deslumbrante do que a Serra Gaúcha, esta última mais desenvolvida no turismo e na economia. Os gaúchos serranos levam a vantagem de estarem a uma hora de carro numa estrada boa de Porto Alegre, um enorme mercado consumidor e, também, de ter aeroporto com voos regulares ao lado das atrações turísticas, em Caxias do Sul.

Um dos princípios básicos do turismo é o “como chegar”. Com a BR-282 do jeito que está e a Serra do Corvo Branco com obra parada e cheia de buracos, fica mais difícil.

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