A corrupção tem uma caminho, onde tem espaço para ela penetrar, ela entra. Quanto maior for a burocracia, a dificuldade, mais “despachantes” irão aparecer para facilitar os caminhos.
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Neste sentido, após a nova fase da operação da Polícia Civil em Florianópolis, na última semana, e que investiga o pagamento de propina para liberação de construções na Capital e que teve como alvo três pessoas que ocupavam cargos comissionados, merece algumas reflexões.
O Conversas Cruzadas da CBN Floripa recebeu Eduardo Moreira Lima, advogado com atuação no Direito Ambiental; Juarez Pontes, Diretor de Monitoramento da Gestão do Observatório Social do Brasil (OSB) em Florianópolis e Thiago Albuquerque, advogado e presidente do Observatório Social do Brasil, em Santa Catarina.
Moreiro disse que, pasmem, o contribuinte ao requerer um alvará ou licença, só tem acesso à tramitação, mas para conseguir os despachos das decisões precisa pedir via email e é burocrático demais. “A burocracia atrapalha e cria condições de favorecimento”, explica.
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Pontes disse que há avanços em Florianópolis, mas que os processos precisam ter muito mais transparência.
Já o presidente do OSB-SC afirma que “o que falta é vergonha na cara; usam a burocracia para tirar proveito”.
A gestão atual claro que deve explicações, mas há avanços. E o principal deles foi a criação da Controladoria-Geral do Município, que tem como responsável um auditor da União, de carreira, Rodrigo de Bona. É deixá-lo trabalhar e aprimorar os fluxos internos. E cobrar resultados.
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