O frio que se aproxima e a expectativa de neve acentuam um problema real em Santa Catarina e, principalmente, na Serra catarinense — o déficit habitacional. Lages é a cidade serrana que concentra a maior demanda da região.
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Conforme diagnóstico habitacional elaborado em 2019 pela diretoria de habitação e regularização fundiária da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (SDS), o déficit habitacional de moradias na região da Amures, que compreende os municípios de Anita Garibaldi, Bocaina do Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Cerro Negro, Correia Pinto, Lages, Otacílio Costa, Painel, Palmeira, Ponte Alta, Rio Rufino, São Joaquim, São José do Cerrito, Urubici e Urupema, totaliza em 17.204 unidades. A cidade de Lages, com 15.500 moradias, concentra a necessidade de habitação digna na região.
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É importante ressaltar que déficit não significa somente a falta de moradia, e sim, compõe quatro fatores: ônus excessivo do custo do aluguel urbano, coabitação familiar, habitações e domicílios precários e adensamento, ou seja, muitas pessoas no mesmo dormitório.
Soluções
Não há como resolver o déficit habitacional sem participação direta do Governo Federal. Basicamente, nesta área, o governo Jair Bolsonaro só deu sequência aos projetos já iniciados do Minha Casa Minha Vida (MCMV). Falta uma proposta clara de uma política habitacional voltada à população de baixa renda. O governo promete reformular o MCMV, mas o projeto não saiu ainda do papel.
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