Uma misteriosa estátua de sereia foi colocada há cerca de 20 dias às margens da Lagoa da Conceição, na Avenida das Rendeiras, em Florianópolis. Logo após a ponte da Lagoa, saindo do centrinho em direção às praias da Joaquina e Mole, lá está ela, ao lado direito, escorada em uma pedra.
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Os comerciantes locais não sabem quem a colocou lá. Thiago Araújo, diretor da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), seccional Lagoa, também não sabe quem é o autor da obra de arte.
“Perguntei pra várias pessoas e ninguém sabe quem fez. É um mistério”, diz o empresário.
A prefeitura de Florianópolis informa que não faz parte de nenhum projeto cultural da cidade. É uma iniciativa pessoal.
Julia Amaral é artista e professora de escultura do curso de artes visuais da Udesc. Ela vê a ação como positiva.
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“Muito interessante a aparição dessa sereia na Lagoa da Conceição. Há muitas décadas, e cada vez mais, artistas têm praticado a expansão do espaço da arte para além dos espaços específicos de exibição como museus e galerias. Hoje, o lugar do trabalho artístico está misturado com a vida e não há mais fronteiras que delimitam onde se opera artisticamente. Tenho visto diversas esculturas e intervenções em Florianópolis, que contribuem fortuitamente com a ampliação do campo da arte, gerando diferentes percepções do cotidiano e das relações”, explica a professora.