Nesta quarta-feira (22), participei de um curso com colegas da NSC, de diversos setores, sobre Planejamento Estratégico. A aula ocorreu no IPOG, no Square, na SC-401, em Florianópolis. A programação era entre 9h e 17h, com intervalos para o almoço e um café da tarde.
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O professor, altamente profissional e competente, ministrou sua aula normalmente até às 15h, quando pediu desculpas e disse que houve uma “situação emergencial” e que precisava se ausentar. De fato, ele conseguiu concluir o conteúdo e respondeu os questionamentos de todos. Agradeceu, e foi embora.
Nós fomos para o café. Ali, entre doces e salgados maravilhosos preparados com carinho pelo RH, ficamos sabendo que o professor havia sido informado, no horário do almoço, que o pai dele, internado em hospital, havia morrido.
Foi de arrepiar. Recapitulando: o professor ficou sabendo no horário do almoço que o pai morreu. O normal, talvez seria, não ter condições de seguir trabalhando, pedir desculpas já naquele momento e cuidar dos tristes ritos funerários e acolher os familiares no luto.
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Não sei como e de onde o professor teve forças para seguir por mais três horas dando aula. Resiliência, respeito aos alunos que estavam ali ? Não sei. Talvez pelo fato de ser um gestor pragmático e competente, e por ter assumido o compromisso de entregar todo o conteúdo, quis entregar o que fora prometido. E entregou (o conteúdo).
O professor foi de um nível de profissionalismo que jamais vi. E este é o meu ponto único de análise, sem fazer juízo de valor.
Este foi o dia em que o professor deu aula após a notícia da morte do pai.
Meus respeito e meus sentimentos, professor.
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