Convidada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a deputada federal Carmem Zanotto (Cidadania/SC) começa nesta segunda-feira (30) a coordenar no Sul do Brasil a logística do governo federal no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Ela terá reuniões no Ministério da Saúde com o ministro Mandetta e representantes dos conselhos municipais e estaduais de Saúde.

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A ideia é que ela faça a interface entre o governo federal e prefeituras e estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. A parlamentar defende as recomendações de isolamento indicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas salienta que "não se pode esquecer do setor produtivo".

Leia a entrevista com Carmen Zanotto:

Como vai ser o seu trabalho?

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— O SUS é tripartite e ações são sempre pactuadas entre os entes federados, sendo assim, nossa atuação será de apoio e interlocução para facilitar as ações junto ao Ministério da Saúde. Uma primeira reunião será realizada nessa segunda-feira pela manhã, no Ministério da Saúde, com o ministro Mandetta e sua equipe, representantes do CONASS (Conselho Nacional de Secretários da Saúde) e do CONASENS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), e assim poderemos ter mais claramente qual será o nosso papel.

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Qual vai ser a prioridade?

— Este momento é de unidade e exige agilidade. Na Câmara Federal, estamos atuando como relatora da Comissão Externa do Coronavírus. O colegiado, integrado por demais parlamentares, tem feito uma série de reuniões com técnicos e o Ministério da Saúde, encaminhado requerimentos e indicações para órgãos como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), na busca de auxiliar e facilitar as ações de combate ao Covid-19.

A senhora concorda com a decisão do governador Moisés que recuou da retomada da atividade econômica já a partir desta quarta-feira (1°)?

A ciência deve pautar ações deputada federal Carmem Zanotto

Conforme deixou claro o ministro, o momento exige de nós unidade e planejamento, a ciência deve pautar ações. O que o mundo e o Brasil está enfrentando não é fácil. As ações com olhar na redução no número de contaminados são necessárias para a organização dos serviços sem que deixemos de lado o setor produtivo. A falta de testes dificulta a identificação do número de contaminados, vamos buscar a ampliação para confirmar o diagnóstico dos casos suspeitos. Os que estão com sintomas também precisam ser diagnosticados para conter a disseminação da doença. Mas temos um povo forte, vamos superar mais essa crise mundial.

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