A cidade que queremos no futuro irá se tornar realidade  de acordo com as escolhas do eleitor neste domingo (15). Ao mesmo tempo em que as pessoas estão se agredindo mutuamente nas redes sociais – nunca se falou tanto de política – há, mesmo assim, uma espécie de distanciamento de grande parte da população com as eleições. E isso preocupa.

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Ouvi de muita gente; gente do mundo real, gente que trabalha,  preocupada em arrumar a casa e  cuidar dos filhos, por exemplo, apontar que não sabe em quem votar para vereador: “tô sem vereador, tem alguém pra indicar? Não tenho em quem votar.” Menos mal que estas pessoas, de tão atarefadas que são, pouco acompanham o cenário eleitoral mas pedem uma dica para alguém de sua confiança e sem solicitar nada em troca. Não é o ideal, mas acontece.

Critérios

Por trás da escolha de um candidato há questões emocionais e racionais que a neurociência explica. Vota-se em candidato por ser bonito, por identificação ideológica, por resolver algo prático na vida do eleitor (um emprego, um caminhão de areia para a rua, uma vaga na creche para o filho). Escolhe-se até por dinheiro. Há quem diga que o voto vale em torno de R$ 100 em Santa Catarina.

Zelador

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A eleição municipal tem uma característica mais regional. Normalmente o cenário nacional pouco importa.  Acaba sendo um plebiscito da gestão na prefeitura. Sendo o prefeito(a) candidato à reeleição, o eleitor leva em consideração o papel de zeladoria realizado pelo gestor municipal nos últimos quatro anos: a cidade está limpa, os serviços funcionam, o transporte coletivo, os postos de saúde atendem corretamente e com agilidade. Tudo isso entra na conta.  O bairro dele melhorou? A rua dele importa muito como critério de escolha. Eleição para prefeito é isso. Normalmente é o que mais conta como critério de escolha

Transparência

Transparência  está longe de ser um critério de  escolha do eleitor. Mas deveria ser. Votar em um candidato que tenha compromisso absoluto com transparência total do gasto público. Disponibilizar de forma acessível e integralmente contratações, licitações, editais, procedimentos internos, notas fiscais e aditivos contratuais. Quanto maior a facilidade de acesso aos dados públicos, menor a janela da corrupção. Não é favor. É obrigação, está na lei de acesso à informação, que muitos gestores teimam em não respeitá-la.

Vereador

Cabe ao vereador legislar e fiscalizar o Poder Executivo. Vereador não é responsável por execução de obra e tampouco pode criar leis que aumentem o gasto público. Muitos jogam para a torcida e aprovam leis que logo são barradas na justiça pela sua inconstitucionalidade. Leve isso em consideração.

Voto consciente

O leitor(a)  lembra que já falei sobre vender o voto por R$ 100 ? Quem vende o voto o faz de forma consciente. O eleitor também não é santo. Precisamos aprender muito ainda sobre cidadania e cultura política.

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