O número de mulheres de Santa Catarina que adotam o sobrenome do marido depois do casamento caiu 26%. A cada quatro, uma abre mão dessa opção.
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Quando o Código Civil foi publicado em 2002, mais de 90% das mulheres adotavam o sobrenome do marido. Até 2010, este dado caiu para 84%. E entre 2011 e 2020, o percentual passou para 75%.
O presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), Gustavo Renato Fiscarellias, lembra que as informações dos Cartórios de Registro Civil são um retrato fiel da sociedade brasileira, uma vez que conservam os dados primários da população.
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— No caso dos casamentos, foi nítido o caminhar da sociedade no sentido de maior igualdade entre os gêneros, com a mulher deixando de estar submissa ao marido e assumindo um papel de protagonismo na vida civil — explica.
A escolha dos catarinenses tem sido cada vez mais pela manutenção dos nomes “originais” de família. Uma tendência que vem acelerando ao longo dos anos, representando um aumento 24,9% desde a edição do atual Código Civil.
Em 2002, a opção representava 8,57% dos matrimônios em Santa Catarina. Já na primeira “década” – 2002 a 2010 – a média passou para 12,1% dos casamentos realizados e no segundo período analisado – 2011 a 2020 – para 22,3%. Em 2021, este percentual atingiu 30%, chegando a 33,2% das escolhas nos primeiros cinco meses de 2022.
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