Um dia inteiro de prova. Mais de 232 km percorridos. A primeira edição da Ultramaratona 24 horas da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, deu ao tubaronense Felipe Costa da Silva, não apenas o índice para o mundial em outubro na Romênia, mas uma surpresa que ele nunca mais vai esquecer.

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— Foi muito emocionante completar o desafio. A prova cansativa, o índice para o mundial, e no momento da chegada quando meu pai mostrou a foto da minha mãe, me desmontou na hora — disse Felipe, durante entrevista ao CBN Hub desta segunda-feira (7).

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Ele perdeu a mãe há 4 meses. Dona Cacilda foi uma das mais de 15,6 mil vítimas da Covid-19 em SC. O vídeo mostra o abraço emocionado de pai e filho pela conquista na prova e pela ausência da mãe.

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A prova    

Felipe tinha 24 horas para percorrer pelo menos 212 km e bater o índice para o mundial. Conseguiu atingir a marca com 22 horas de prova. E aproveitou as outras duas para correr um ‘pouquinho’ mais.

— Foi muito difícil. Primeiro que você já está o tempo todo sem dormir. E naquele calor de Natal, mais de 30°C. Até tem gente que para um pouco e dorme. Eu não. Ou corri ou caminhei durante toda a prova. Só dei três paradinhas rápidas para ir ao banheiro e continuei — completou Felipe. 

Ele é ultramaratonista da Seleção Brasileira dos 100 km. Tem a melhor marca desde 2018. Desta vez decidiu arriscar mais e deu certo. Parabéns, Felipe. 

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Felipe e a mãe, Dona Cacilda
Felipe e a mãe, Dona Cacilda (Foto: Reprodução / redes sociais)

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