Mais de 80 crianças de várias regiões de SC aguardam na fila por um diagnóstico adequado no hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) em Florianópolis. Precisam do exame de tomografia. O problema é que o único tomógrafo da unidade está quebrado há três semanas. E sem previsão de conserto.
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O drama aumenta quando a falta de um equipamento tão importante afeta diretamente pacientes internados em estado grave de saúde ou precisando do aparelho para o acompanhamento pós-operatório. A falta dele transfere crianças e adolescentes para a realização de exames em outros hospitais e, lamentavelmente, cancela cirurgias.
Agora imagina se isso acontece com o seu filho. Em uma brincadeira dessas de criança, ele bate a cabeça e é levado para a emergência do Infantil. O médico fará a primeira avaliação e, certamente, irá encaminhá-lo de forma imediata para outro hospital para o exame de tomografia. Isso se houver disponibilidade de ambulância e de horário para o uso do equipamento na outra unidade. É inevitável. A criança fica exposta à significativa piora no quadro.
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Não por acaso, no dia 22 de abril, uma neurocirurgiã comunicou à direção do HIJG o caso de duas pacientes com indicação de cirurgia por tumor cerebral. No documento, a médica relata que cirurgias como esta são complexas e podem gerar intercorrências no pós-operatório, como sangramentos, isquemias, e “outros eventos”. A realização de um exame de imagem de urgência e em tempo hábil é essencial para um tratamento rápido e seguro.
A médica ainda afirma ser imprudente a realização de cirugias de grande porte nessas condições, e solicita o imediato conserto do tomógrafo ou a tranferência das pacientes.
A coluna apurou que uma possibilidade estudada pelo HIJG é o hospital infantil Dr. Jeser Amarante Faria, em Joinville, a quase 200 quilômetros de Florianópolis.

O que diz o Governo
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que o processo para conserto da peça do tomógrafo do Hospital Infantil Joana de Gusmão (HIJG) está em andamento com a máxima celeridade. Enquanto isso, os pacientes do HIJG estão sendo regulados para outras unidades para que não haja prejuízo com relação aos exames e procedimentos.
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Opinião
Infelizmente, este tipo de transtorno nos hospitais de SC não é um ponto fora da curva. Várias vezes relatamos nos veículos da NSC sobre equipamentos quebrados que levam às vezes meses ou anos para o conserto. Seja pela burocracia da coisa pública ou mesmo por descaso.
Mas no hospital Infantil, referência no atendimento pediátrico para todo o Estado, com profissionais do mais alto gabarito, é inacreditável que não se encontre uma solução mais rápida.
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