O secretário de Estado da Saúde, André Motta, voltou a falar com muita preocupação ao CBN Hub sobre o futuro da pandemia em SC. A entrevista foi concedida nesta terça-feira (25).
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— Talvez o pior momento ainda esteja por vir depois de 15 meses de pandemia, por incrível que pareça — disse o secretário.
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Para Motta, é inevitável. A doença tem esse comportamento no mundo inteiro. Ela vem em ondas. É assim em outros países e em outros estados. Sobre Santa Catarina, ele foi direto:
— Ela vem — em referência a uma 3ª onda de Covid-19.
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O aumento do número de casos nas próximas semanas é dado como certo pelas autoridades de Saúde. Assim como o desejo de evitar grandes mudanças na estratégia de combate à pandemia, adotada há meses.
— Não se discute mais restrição, pelo menos por enquanto, nem mais liberações. Criar regras novas agora, se não conseguimos o cumprimento das que já existem, não faz sentido.
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Mas discutir o aumento das punições para quem descumpre as regras, sim. Segundo o secretário, muitos estabelecimentos preferem pagar as multas que já existem e manter o local funcionando, mesmo fora do regramento estabelecido.
Horas antes da entrevista, André Motta participou de reuniões importantes para acelerar ações, principalmente nos hospitais. A ideia é aumentar a oferta de leitos de UTI no Estado, buscar mais insumos e garantir medicamentos.
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Também por isso, Motta está de viagem marcada para Brasília. Embarca amanhã com o governador Carlos Moisés. Entre os pedidos ao governo federal, o envio de doses a mais da vacina contra a Covid para SC.
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— O Sul do Brasil sofre mais com o inverno. Então a nossa proposta é para que o Ministério da Saúde contingencie 5% dos imunizantes da Astrazeneca, como já fez com outros estados que precisaram, para que possamos usar o que está reservado para dose 2, como primeira dose — finalizou o secretário Motta.
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