O Secretário da Saúde, André Motta, está preocupado com a real possibilidade de uma nova onda da Covid-19 em Santa Catarina. O alerta foi feito durante entrevista concedida ao CBN Hub, na CBN Diário, desta terça-feira (11).

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— Estamos percebendo pelo que está acontecendo no Estado, no país e no resto do mundo que nós provavelmente teremos um terceiro impacto, talvez tão grande como o do começo do ano.

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Segundo Motta, apesar da aparente tranquilidade a pandemia segue impactando no Estado, bem como em todos o país.

— Nós tivemos uma discreta diminuiçao dos casos ativos e da necessidade de terapia intensiva, apesar dela existir ainda. Mas o cenário já aponta que há uma elevação em algumas regiões do Estado, assim como aponta em outros ambientes, outros estados e outros países — completou o secretário.

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O raciocínio é simples. Apesar da redução nas internações e mortes por dia nas últimas semanas, é nos casos ativos que as autoridades encontram o ‘termômetro’ da pandemia. O aumento considerável no número de pacientes doentes representa mais internações e mais mortes a curto prazo.

Hoje, Santa Catarina vive um momento de estabilidade. Estabilidade em ‘alta’ de acordo com os especialistas em Saúde.

Nos últimos 30 dias, o número de casos ativos flutuou pouco, mas se manteve elevado: entre 18 e 20 mil. 

Nesta quarta-feira (12), as ações de combate a pandemia completam 14 meses em SC. São quase 915 mil casos confirmados, 881 mil pacientes recuperados e 14.185 mortes. Mais de 30 pessoas aguardam por um leito de UTI nas suas respectivas regiões.

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Durante toda a entrevista, ouvintes da CBN peguntaram sobre a possibilidade de novas medidas de restrição.

Questionado ‘no ar’ pela jornalista Juliana Gomes, André Motta demonstrou que o governo está alinhado, e apesar da enorme preocupação não pretende fazer sigificativas mudanças na política do combate à pandemia.

— O impacto é muito cruel nas pessoas. Sob o ponto de vista social, de saúde pública e econômico. As regras sanitárias estão colocadas e são muito claras. Precisamos de um pacto, de todos nós. Entender a gravidade deste momento e cumprir as regras postas. Não há que se criar regra nova se as regras colocadas não são cumpridas por todos — finalizou Motta.

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