A denúncia protocolada pelo Ministério Público de Santa Catarina no caso da compra de 200 respiradores tem 55 páginas. Nela, seis promotores descrevem como criminosos de fora do governo se organizaram para lesar os cofres do Estado, com a conivência de uma equipe negligente. 

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A pandemia, o desespero pela necessidade de se preparar para combater um vírus que assustava o planeta e, obviamente, a falta de cuidados básicos de servidores que deveriam zelar pela coisa pública. 

É o retrato de um grupo preocupado em obter vantagens ilícitas às custas da incompetência e ingenuidade da equipe da Secretaria de Estado da Saúde. Com a participação de dois ex-secretários, segundo o MPSC.

A compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões, pagos sem garantias e sem o recebimento dos equipamentos, escancarou a fragilidade da equipe que negociou e do controle do governo de SC que deveria ter impedido tamanha fraude. 

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Mas sejamos justos. Não traz dolo em benefício próprio dos agentes públicos. Fortalece a narrativa do governador Moisés, absolvido criminalmente em Brasília, e nos passa a mensagem de que, facilitada pela Casa Civil do governo, uma organização criminosa roubou SC contando com a incompetência e com a falta dos mínimos cuidados exigidos em qualquer compra pública. 

Veja detalhes da denúncia  

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