Após reunião com o governo nesta quarta-feira (23), a Associação dos Delegados do Estado de Santa Catarina (Adepol-SC) divulgou uma nota sobre a frustração da categoria em relação à Reforma da Previdência. Os policiais civis dizem que não aceitam a diferença no tratamento com os militares e outras intitituições da Segurança Pública do país e decidiram por algumas medidas que esquentaram o clima entre as duas partes.
Continua depois da publicidade
> Governo negocia com categorias e adia envio da reforma da Previdência à Alesc
O governo disse que quer dialogar, mas não vai aceitar imposições desta forma e, pelo menos por ora, a negociação está interrompida.
A reunião prevista para esta quinta foi suspensa. E o governo segue conversando com outras categorias sobre o projeto, que deve ser encaminhado para a Assembleia Legislativa na segunda-feira (28), 17h.
Veja a nota da Adepol-SC na íntegra:
Excelentíssimas Senhoras Delegadas, Excelentíssimos Senhores Delegados,
Continua depois da publicidade
Na tarde de hoje (23/06/2021), a ADEPOL-SC, Dra. Vivian Selig Garcia, participou de reunião com o Secretário da Casal Civil, Sr. Eron Giordani, para tratar da inclusão de um texto justo e digno, no projeto de lei complementar que trata da previdência dos servidores públicos, capaz de atender às peculiaridades da Polícia Civil – isto é, buscamos apenas tratamento assemelhado à Polícia Militar e às outras instituições de segurança pública do Brasil.
Infelizmente, não houve nenhuma deliberação significativa e qualquer sinal de sensibilidade por parte do Governo do Estado, que insiste em não considerar a atividade de risco desenvolvida pela Polícia Civil e o seu papel relevante na persecução penal, já que protelou as tratativas para nossas reuniões. Por essas razões, conforme definido na reunião extraordinária aberta à classe, realizada na noite de ontem (22/06/2021), que contou com a participação de 227 (duzentos e vinte e sete) associados, a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Santa Catarina dá início à primeira fase do conjunto de medidas denominado “Segurança Pública em Alerta”, que compreende:
a) Devolução, ao Governo do Estado, de coletes balísticos e algemas acauteladas aos policiais civis, na data de 24/06/2021;
b) Operação Padrão (realização de somente atividades internas), sem a realização de intimações e o cumprimento de mandados de prisão e/ou de buscas e apreensões, até a sinalização de um texto justo e digno pelo Governo do Estado;
Continua depois da publicidade
c) Não participação da Polícia Civil na operação nacional denominada “NARCOS”;
d) Divulgação massiva na imprensa, com informativos escritos e entrevistas pelos delegados de polícia acerca do tratamento diferenciado que a Polícia Civil e os demais órgãos de segurança pública vêm recebendo, em clara distinção com a Polícia Militar.
Maiores detalhes acerca da forma de execução da primeira fase serão prestados até o final da noite. Sabemos das consequências severas que serão impostas ao futuro da Polícia Civil se a reforma da previdência for aprovada nos moldes do texto apresentado pelo Poder Executivo, motivo pelo qual não mediremos esforços na defesa dos interesses de todos os policiais civis de Santa Catarina.
#SegurançaPúblicaEmAlerta
Florianópolis/SC, 23 de junho de 2021.
VIVIAN GARCIA SELIG / Presidente da ADEPOL-SC
VAGNER TIAGO RAMOS PAPINI / 1º Secretário da ADEPOL-SC
Leia também:
> Trabalhadores da Saúde de SC também receberão reajuste, garante governo
> Aumento salarial de professores em SC deve ser retroativo a 1º junho; entenda