O Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar), presidido pelo prefeito de Florianópolis Gean Loureiro, tem duas reuniões importantes nesta segunda-feira (19). A primeira conversa ocorre no fim da manhã com representantes do Fundo Soberano Russo, único responsável pelas negociações da vacina Sputnik V. A ideia é discutir detalhes para compra direta das doses, acreditando que os prefeitos podem conseguir a autorização de Brasília para firmar contrato com a Rússia.

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Também por isso está agendada para 18h outra reunião por videconferência. Desta vez, com o secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Otávio da Cruz. Mais de 1,5 mil prefeitos devem acompanhar as discussões. É o primeiro encontro do governo Federal com o Consórcio, nesta amplitude. Além do secretário Cruz e de Gean Loureiro, presidente do Conectar, cinco prefeitos devem fazer uso da palavra. Um de cada região do país.

O Consórcio de Vacinas criado em fevereiro vem tentando apoiar Brasília nas compras. Mas para isso, precisa da autorização do próprio Governo. E alguns pontos são fundamentais. A Anvisa ainda não deu o sinal verde para a Sputnik no Brasil, o que pode ocorrer até o fim do mês. A Lei Federal tem que ser regulamentada para que outros entes da Federação negociem de forma direta, e a estrutura do Planalto precisa estar à disposição e garantir a logística, tanto na vinda das doses para o país, como na distribuição por aqui.

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O Brasil está próximo de assinar um contrato com os russos para compra de 160 milhões de doses da Sputnik V. São 60 milhões ainda para este ano, e outras 100 milhões para 2022. Um novo contrato dos europeus, desta vez com o Conectar, poderia garantir aos brasileiros mais 30 milhões de doses. Caso não haja a autorização, até para evitar outras investidas, uma compra conjunta do Consórcio com o Ministério da Saúde aparece como alternativa.

Duas doses da Sputnik custam U$ 19,90. Além das vacinas, o Consórcio dos prefeitos discute a compra de medicamentos.

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