A maior parte das pancadas de chuva de verão vem com pacote completo, muitos raios, relâmpagos e trovões.
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Mas vocês sabem a diferença entre eles?
De uma forma bem simples podemos dizer que o raio é aquela faísca que a gente vê saindo da nuvem e indo até o solo, uma descarga elétrica. O relâmpago é o clarão, o efeito visual, a luminosidade que as descargas elétricas produzem. E os trovões, também chamados de trovoadas, nada mais é do que o barulho a gente escuta, fenômeno sonoro, muitas vezes assustador.
Nesta segunda-feira nós recebemos um vídeo feito por Lucas Macarini na região Norte de Florianópolis. Nas imagens conseguimos observar bem as descargas elétricas.
Mas se olharmos com mais atenção, veremos mais de um tipo de raio. Por isso separamos 2 frames do vídeo.
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Olhem só:
Nesse primeiro frame nós temos o raio intra-nuvem. O nome já diz, a faísca ocorre entre as nuvens, apenas no céu, não tendo ligação com o solo.
No segundo frame nós temos o raio da nuvem pro solo, que de forma simples é quando a descarga elétrica sai da nuvem e vai até o chão. É o tipo de raio mais comum de ser observado e também o mais estudado por pesquisadores.
Ainda temos um terceiro tipo, o raio do solo para a nuvem. Pode ocorrer em um ponto muito alto, como um prédio ou antena em topo de morro, onde íons do chão se ligam aos íons da nuvem formando um raio, mas esse tipo não foi registrado.
Assista ao vídeo clicando AQUI
Curiosidades
– Os raios caem nos pontos mais altos, pois “procuram” o menor caminho entre a nuvem e a terra;
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– Os raios caem, mesmo que não esteja chovendo;
– A distância entre onde o raio caiu e a pessoa que observa ele, pode ser estabelecida através da contagem de segundos entre o relâmpago e o trovão (clarão e barulho). Nesse cálculo, cada segundo que distancia os dois eventos significa, em média, 343 metros. Por exemplo, se a diferença for de 3 segundos, multiplicamos 343 por 3 o que dá 1.029 m, aproximadamente 1 km de distância. A distância máxima em que o trovão pode ser ouvido é de 15 km. O som dura cerca de 5 a 20 segundos.
Postado por:
Bianca Souza – técnica em meteorologia
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