Entre o final de fevereiro e início deste mês de março todos nós aqui de Santa Catarina passamos por um teste para a saúde. Isso porque tivemos uma grande variação de temperatura. O ideal seria comparar temperaturas da mesma cidade, mas mesmo assim dá uma boa ideia do que passamos. Nestas últimas semanas já tivemos um dia em que o calor chegou a 40 °C em Gravatal, no Sul do Estado, com sensação de calor que chegou a passar dos 50 °C em algumas cidades, com pico de 59 °C em Jaraguá do Sul, no Norte. Porém, dias depois, questão de quatro dias para ser exato, tivemos a aproximação de uma massa de ar frio que derrubou a temperatura para 0 °C em Urupema, onde até uma geada apareceu.

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Quem acompanha há mais tempo a condição do tempo sabe que isso não é nada fora de normal, que já ocorreu em outros anos aqui no Estado. Realmente não podemos dizer que está acontecendo algo diferente, mesmo que estejamos no verão. Sempre comento quando tenho oportunidade é que as estações do ano têm dia e horário para começar só por uma questão astronômica. Em nada tem haver com a meteorologia.

O que ocorre é que aos poucos as condições do tempo de uma determinada estação começam a predominar. Aos poucos da para perceber que o verão está chegando ao fim. Que as características da próxima estação – o outono – estão começando. Também já escrevi outras vezes que o outono é uma estação, digamos assim, que permite ter de tudo um pouco, já que é o período que marca a transição das estações mais extremas do ano, verão e inverno.

Como estamos terminando a estação quente para entrar no frio do inverno, ter esse tipo de variação mesmo que seja em tão pouco tempo, é normal. Aos poucos o mecanismo meteorológico que provoca chuva também muda. Começa a diminuir a chuva de final de tarde devido o calor – tão comum no verão – e começa a influência das frentes frias. Esse termo começa a aparecer mais no dia a dia da previsão. O nome facilmente remete a ideia de frio, ok.

No entanto, este termo da meteorologia está ligado à chuva, já que frente é uma região onde temos uma grande quantidade de nuvens que se formam por ser uma região de transição entre duas massas de ar com características diferentes, entre elas a temperatura. Olha só: primeiro temos calor que antecede a frente. Depois o sistema chega, ou seja, chove. Depois, no dia seguinte, vem o sol e a queda das temperaturas porque atrás da frente fria vem uma massa de ar frio. Daí o nome.

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Esse ar frio tem intensidade diferente. Condição que vai fazer o frio ser maior ou menor. Claro, no meio do inverno ela é forte. Portanto, sempre que ouvir um meteorologista falar que vem uma frente fria, prepare-se mais para a possibilidade de chuva. Quando ele falar que a chuva vai parar e o sol retornar, pode esperar para uma diminuição de temperatura. Muito ou pouco vai depender de cada sistema.