Ontem tivemos o tempo marcado pela passagem de uma frente fria por Santa Catarina. Além disso, vento quente e úmido em baixos níveis da atmosfera vindo do Norte do Brasil ajudou a formação de nuvens de tempestade severa, denominadas de supercélula. Dentro de outros eventos extremos, estas nuvens trazem o que chamamos de microexplosão.
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No município de Presidente Getúlio, os estragos causados pelo vento forte chamaram a atenção. Para determinar um evento extremo é necessário analisar imagens de satélite, imagens de radar, dados de vento e precipitação, bem como imagens dos estragos provocados.
Para que vocês tenham ideia, abaixo listo indicativos que a região teve uma microexplosão
– Elas provocam rajadas de ventos intensos com danos significativos como corte de árvores e arremesso de objetos/animais. Fato que ocorreu;
– São fenômenos que em poucos minutos se intensificam e se desfazem, atingindo uma área muito restrita, como bairros dentro de um
município. Ocorrida na cidade;
– Os ventos intensos deslocam-se da nuvem em direção ao solo em linha reta, em um corredor de vento. Ocorreu na cidade
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Outra característica da microexeplosão no caso de árvores tombarem é o fato de ficarem alinhadas em uma mesma direção como a foto abaixo mostra.
MICROEXPLOSÃO
Como escrevi antes, microexplosão ocorre quando uma forte rajada de vento sai da base da nuvem e vai em direção ao solo. Ao chegar no solo o vento se espalha para os lados, provocando um forte estouro que deixa quase uma linha reta de destruição.
Representação de uma Microexplosão. Arte: Fenando do Carmo/NSC TV