Uma das teorias mais plausíveis é que o Coronavírus tenha uma relação direta com os morcegos. Para vocês terem ideia, considerando a população mundial de morcegos poderemos ter em torno de três mil tipos diferentes de coronavírus. No entanto, boa parte desse total não afeta nós humanos. Só que alguns sim, como: Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) CoV e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) CoV-1 e CoV-2.

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A atual pandemia surgiu em Wuhan, China. Isso porque por lá a população de morcegos tem aumentado muito ao longo dos anos. E aumentou em regiões onde vivem os pangolins (mamíferos de zonas tropicais da Ásia e da África). Esses animais supostamente foram hospedeiros intermediários do coronavírus. Resultado quando a população de Wuhan consumiu esses animais selvagens o surto humano começou.

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Qual o motivo de trazer essa informação para vocês? Simples. Um dos motivos para o aumento de morcegos na China muito provavelmente vem das mudanças climáticas dos últimos anos na região de Wuhan.

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O que diz a ciência

O trabalho que traz essa relação foi publicado recentemente na revista científica Science of the Total Environment. Os pesquisadores dizem que o aumento da temperatura, da luz solar e do dióxido de carbono afetou ao longo do tempo o crescimento de plantas e árvores, fazendo com que os arbustos tropicais dessem espaço para savanas tropicais e florestas decíduas. O que quer dizer? Que os morcegos encontraram um habitat perfeito. De acordo com o estudo “Shifts in global bat diversity suggest a possible role of climate change in the emergence of SARS-CoV-1 and SARS-CoV-2”, aproximadamente 40 espécies de morcegos se mudaram para a província de Wuhan no século passado.

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Alertas dos cientistas

Separei algumas opiniões de cientistas que estudam as mudanças climáticas relacionadas com a saúde pública para vocês perceberem o quanto é importante pensar em aquecimento global e mudanças climáticas:

Andrea Manica, do Departamento de Zoologia da Universidade de Cambridge: “A pandemia COVID-19 causou enormes danos sociais e econômicos. Os governos devem aproveitar a oportunidade para reduzir os riscos à saúde de doenças infecciosas, tomando medidas decisivas para mitigar as mudanças climáticas”.

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Camilo Mora da Universidade do Havaí em Manoa: “O fato de que a mudança climática pode acelerar a transmissão de patógenos da vida selvagem aos humanos deve ser um alerta urgente para reduzir as emissões globais”.

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