Toda vez que vejo algo sobre a expansão do serviço de assinatura PS Plus, uma coisa me incomoda: os preços. Para você ter acesso ao catálogo mínimo de jogos para alugar, precisa desembolsar R$ 52,90 por mês. Salgado, não? Especialmente quando você leva em conta todos os videogames e serviços disponíveis para o jogador.

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A gente já entendeu o jogo da Sony. Ela não quer que você pague R$ 52,90 por mês, mas, sim R$ 339,90 por ano. Para quem investe pesado no Playstation, até que não é um mau negócio. Só um lançamento de PS5 já custa R$ 349,90, mesmo na versão digital. Então, pelo preço de menos de um jogo, você já tem um catálogo de centenas de games para alugar.

Só que a Sony precisa se lembrar que o Playstation não existe num vácuo. Ele existe num mercado de games, que também tem Xbox e Nintendo. E a concorrência é grande.

A expansão do serviço PS Plus é meio que uma junção de duas coisas: da PS Plus normal, que já tínhamos, que te dá a possibilidade de jogar online em jogos pagos, e da PS Now, que nunca tivemos no Brasil, e é o catálogo de games para alugar.

Como a PS Now não deu as caras por aqui, o jogador brasileiro já está acostumado a alugar títulos em outra plataforma, a Xbox Game Pass. Ela custa R$ 29,90 só para jogar no PC ou só no console, ou R$ 44,90 por mês para jogar nessas duas plataformas e também online. Poxa, Sony.

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Neste quesito, o Playstation ganha apenas no plano anual, já que R$ 44,90 por mês vai dar bem mais do que R$ 339,90 em um ano.

Se você gosta também de games antigos, a Nintendo também oferece um serviço de aluguel de jogos por assinatura. Custa R$ 20 por mês para jogos de Nintendinho e Super Nintendo, e R$ 100 por ano. Para ter também títulos de Nintendo 64 e Mega Drive, aí só tem plano anual, de R$ 262,99. Você também pode pagar R$ 421,99 num pacote para família, que dá para ser usado por até oito contas. No plano só com jogos de Nintendinho e Super Nintendo, o plano familiar anual custa R$ 175.

Diante de todos esses preços, o que vale a pena para cada jogador fica subjetivo. Por aqui, eu tenho a assinatura família da Nintendo, que, dividindo com oito pessoas, fica camarada.

Carros em cena de Forza Horizon 5
Forza Horizon 5 é um dos jogos disponíveis na Game Pass (Foto: Xbox Game Studios/Divulgação)

Porém, não assino anualmente a Game Pass. Pego de vez em quando, nas férias ou quando tem algum jogo que eu quero que ainda está muito caro para comprar. Sou daquelas que fica com um mesmo título até zerar, não fico baixando um monte de games. É o estilo que eu encontrei para não esquecer o que faz cada botão do controle, não esquecer a história, não esquecer os atributos do meu personagem.

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Com pouco tempo para jogar, a gente precisa fazer escolhas e, para mim, esse estilo de um jogo de cada vez funciona bem.

Só que daí não vale assinar anualmente a Game Pass ou a PS Plus, porque não quero ficar presa a jogar somente o videogame pelo qual paguei esse serviço. E não acho que valha assinar todos, já que jogo um game por vez.

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Então é essa a razão pela qual, para mim, é frustrante esse preço da Sony. Veja que R$ 339,90 dividido por 12 dá R$ 28,32. Ou seja, dava para cobrar o mesmo valor da Game Pass. R$ 52,90 por mês é bem diferente de R$ 29 por mês. Para mim, que nunca jogo online, nem preciso da Game Pass Ultimate.

Com esse preço que a Sony está cobrando por mês, mais vale eu esperar uma promoção e comprar um jogo que eu quero, ou juntar mais um pouquinho e adquirir um disco usado de algum título que eu queira. Como os games são longos hoje em dia, é provável que eu não consiga chegar ao final do jogo antes do fim da assinatura. Sigo aqui na torcida para que a Sony reveja esse preço mensal ou faça promoções de vez em quando. Bora deixar o Playstation mais competitivo!

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