Eu sempre gostei de futebol, influência do meu pai, flamenguista e avaiano, e com quem até hoje falo sobre o assunto. Às vezes, não tem melhor forma de começar uma conversa do que “e o Avaí, hein”. Nos videogames, o futebol também esteve presente. Não sei quanto a você, mas quando tem Copa do Mundo, dá sempre vontade de pegar o controle e jogar de novo, mesmo que, nos games, esse tipo de jogo ser meio que sempre a mesma coisa.
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Não me lembro de jogar futebol no Mega Drive, a não ser que você conte aquele jogo de esportes dos Tiny Toons, o ACME All-Stars. Que, aliás, era muito legal, já que você podia escolher os personagens do desenho para colocar no seu time. E o melhor: havia bem poucas regras. Ela coloridão e dava para dar carrinho à vontade. Recomendo.
No Nintendo 64, um dos jogos que eu aluguei e gostei tanto que depois comprei foi o International Superstar Soccer 64. Foi aí que comecei a apreciar de verdade o futebol virtual. Eu sempre curti mais esta finada série do que FIFA, que, para mim, é muito séria.

Não sei se você, leitor, teve contato com International Superstar Soccer e se levava muito a sério. Para mim, era sempre zoeira. Os jogadores não eram licenciados, então eu fazia os meus próprios. E, para a Joana de 12 anos, sempre havia as cinco Spice Girls em campo, junto com o David Beckham. E, antes que você pergunte, não tinha futebol feminino não. Eu só escolhia os bonecos com cabelo mais comprido.
Por mais zoeira que eu fizesse com esse título, foi ele que me ensinou uma regra do futebol que talvez você não saiba: você só pode ter até quatro jogadores expulsos. No quinto, é game over. Como isso acontecia com o meu time? É só descer o carrinho toda hora, que em certos momentos garanto que você vai acertar as pernas do seu adversário em vez da bola.
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De tanto perder por W.O., a miniJoana precisou mudar de estratégia e aprendeu a roubar a bola sem transformar futebol em Mortal Kombat.

Ainda no Nintendo 64, a versão International Superstar Soccer ’98 também me divertiu, com o jogador colombiano Valderrama na capa. Mas era, basicamente, melhores gráficos e uma mudança quase imperceptível na jogabilidade, pelo menos para mim, que nunca joguei futebol a sério.
Acho que aluguei também a versão da Copa do Mundo da FIFA de 98, que na capa tinha um jogador que nunca vi. Na Europa, era o Beckham. Poxa vida, FIFA!
No Playstation dos amigos, a pedida era sempre o famosíssimo Winning Eleven, que, assim como o International Superstar Soccer, também é da Konami.
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Como veio o vestibular e precisei largar um pouco os games para estudar, eu só voltei a jogar futebol no videogame depois de entrar na universidade. No Wii, eu jogava FIFA apontando para o jogador para quem eu ia passar a bola. Se para você isso soa como blasfêmia, digo que funcionava bem e divertia. No jogo da Copa do Mundo na África do Sul, você comemorava o gol chacoalhando o controle, que fazia barulho de vuvuzela.
Foi no PS3 que a coisa começou a ficar mais séria. A franquia FIFA começou mesmo a destruir a concorrência, tenho certeza que para a tristeza de muitos. Eu tenho o FIFA 13 e, no Xbox One, o 18 e 19. Agora só jogo os novos na Game Pass mesmo. Acho tosquíssimo esse sistema de comprar um título novo só para atualizar em qual time os jogadores estão agora. Mas vamos ver como vai ficar agora que o estúdio EA encerrou a parceria com a FIFA.
Para ser bem franca, preferia a zoeira de International Superstar Soccer. Para mim, sempre foi menos realista, e muito mais divertida.
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