Se tem um estilo que eu adoro e gostaria que fosse ainda mais popular é o dos jogos de briga de rua, ou beat ‘em up, como eles são conhecidos em inglês. Aqueles famosos games 2D (na maioria das vezes) em que você vai para a direita, derrota todos os inimigos, vai para a próxima tela e faz tudo de novo até enfrentar um chefão. Claro que estou simplificando muito. Mas um grande apelo deste tipo de jogo é justamente isso, um pouco mais de simplicidade.
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Explico. Estes títulos não costumam ter uma super-história, que exige que você fique parado vendo cinemáticas ou leia blocos e mais blocos de texto. Os comandos costumam ser relativamente simples. Claro que sempre dá para complicar, porém, geralmente, você consegue chegar ao final do jogo no modo normal sem precisar aprender todos os golpes. E o mais importante: eles são focados na diversão pura.
Os jogos de briga de rua não exigem tanto do seu tempo. Eles costumam não ser muito longos, dá para fechar em uma tarde. Também não exigem que você decore uma história, memorize o que fazem 14 botões de controle. Você não precisa se comprometer a longo prazo com este jogo, apenas se divertir terrivelmente por algumas horas.
Esses games são ótimos para se jogar com amigos. A não ser que você queira já entrar no modo difícil, mesmo que o seu parceiro não seja um grande jogador, vai conseguir se divertir com você.
Porque é satisfatório demais ser o herói, derrotar os bandidos, ouvir o som do punho do seu personagem atingindo o rosto do inimigo. Geralmente esses jogos também têm uma ótima trilha sonora para embalar tudo isso.
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A inspiração para este texto foi o game novo das Tartarugas Ninja, o Shredder’s Revenge, que saiu para PC, Switch, Playstation e Xbox. Fiquei feliz em ler que ele já vendeu mais de 1 milhão de cópias. Este jogo é demais. Tem os gráficos e a música no estilo do desenho e dos velhos jogos da Tartarugas feitos pela Konami na década de 1990.
Uma coisa que vou destacar deste game é o botão de esquiva, que eu amo em qualquer jogo. Mas aqui ele torna a pancadaria ainda mais dinâmica. Com ele, você pode sair de uma situação perigosa, com inimigos te cercando, e surpreendê-los. Torna a jogabilidade mais rápida, o que é algo sempre bem-vindo para mim.
Quem joga este tipo de jogo há tempos já bolou a sua estratégia particular. A minha é ter um personagem relativamente rápido, para poder fugir dos socos inimigos. Neste das Tartarugas Ninja, estava pronta para escolher o Donatello, que tem mais alcance graças ao bastão. Porém, uma opção melhor para mim foi a repórter April O’Neil, que é super rápida.
A distribuidora Dotemu, que trouxe este jogo das Tartarugas para a gente, já tinha revivido uma outra franquia muito querida do gênero: Streets of Rage. E o quarto jogo da série não deixou a desejar. Apesar de eu precisar me acostumar com os novos gráficos, a pancadaria estava lá, com ótimos efeitos de som. E o mais importante: divertidíssimo.
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Ainda prefiro o Streets of Rage 2, do Mega Drive, pela trilha sonora incrível, talvez a minha favorita de qualquer jogo, e por ser mais curto. Mas tanto Streets of Rage 4 como o novo Tartarugas Ninja já joguei mais de uma vez. São aqueles games que você joga para passar uma tarde agradável com amigos ou para dar aquele descanso na sua mente após investir horas e horas em um RPG. Que este gênero continue trazendo muitas pérolas de diversão para a gente!
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