Sou meio cabreira de comprar um videogame no lançamento. Já vi muita coisa que me fez querer ter esta cautela. No Xbox 360, teve o famoso “anel vermelho da morte”, que, quando aparecia, significava o fim da vida do seu console. E se você conhece alguém que teve vários videogames Playstation, com certeza já ouviu falar de leitor que para de ler os discos. Fora aquele jogador cujo videogame simplesmente resolveu não funcionar mais.

Continua depois da publicidade

Depois de ouvir tantas histórias desse tipo, e ver tantas empresas lançando atualizações de modelos, corrigindo os problemas mais graves do lote inicial, fica compreensível perceber que esperar um pouco para comprar um videogame da próxima geração é algo sensato.

Foi o que fiz em relação ao Xbox Series X e Playstation 5. Não fiz nenhuma pré-venda e fiquei acompanhando o burburinho. O Xbox me interessa mais. Eu tenho mais jogos de XOne do que de PS4 e gosto mais do controle da Microsoft. Fora que a Game Pass ajuda um pouco a driblar os preços caros dos lançamentos. Como não vi nenhum problema grave nele, já quis o meu em novembro de 2020. E fiquei querendo.

Como você já deve saber, estamos vivendo uma época de falta de algumas peças importantes para fazer diversos tipos de eletrônicos, inclusive videogames. Achar o Xbox Series X não é nada fácil. Até me cadastrei em sites que me avisam quando aparece um pelo preço sugerido pela Microsoft, que é de R$ 4.349, mas, quando tenho tempo de olhar, o lote já acabou. Ou o frete é de R$ 300. Taxa esta que eu não precisaria pagar se simplesmente pudesse pegar o console em uma loja física.

Continua depois da publicidade

Console Playtation 5 e controle Dualsense
Console Playtation 5 e controle Dualsense (Foto: Sony/Divulgação)

Para o lado do PS5, está um pouco melhor. Já vi várias vezes o novo videogame da Sony para vender pelo preço sugerido pela empresa, similar ao do Xbox Series X. Porém o que assusta são os preços dos jogos, que chegam a R$ 349.

Também fiquei receosa com problemas reportados no lançamento dele, como drift no controle (este parece que a Sony conserta de graça), o defeito no console quando se colocava o Spider-man no modo repouso (para este, o estúdio Insomniac Games lançou atualização) e barulho de bobina (sobre este, li que ainda tem gente reclamando).

-> Jogos exclusivos ainda têm a mesma relevância de antigamente?

Toda vez que vejo um PS5 para comprar, penso em um game que quero jogar nele e se vale o preço que estão cobrando. E, pelo menos para mim, nunca valeu. Também recentemente tive a oportunidade de ver um PS5 ao vivo e decidi que a Sony definitivamente precisa lançar um modelo menor o mais rápido possível.

Dessa forma, passou-se um ano e sigo com o Xbox One X e o PS4 base, este último praticamente na fase do “funciona bem quando quer”, já que é o meu mais velhinho desta geração.

Continua depois da publicidade

Pro controller Nintendo Switch e game Metroid Dread
Pro controller Nintendo Switch e game Metroid Dread (Foto: Joana Caldas/Arquivo pessoal)

Quem levou a melhor nesses meses todos e abocanhou um pouco o que eu tinha economizado para comprar um videogame da próxima geração foi o Nintendo Switch, que teve lançamentos de franquias que eu adoro, como Cruis’n, No More Heroes e Metroid. Deu pra investir num pro controller, que queria há anos, e na nova aventura da Samus Aran.

Mas a esperança gamer é a última que morre e, em uma realidade paralela na cabeça da Joana, pode ser que talvez supostamente a Sony e a Microsoft possam inventar um estoque mágico para o Natal. Quem sabe dá para começar 2022 na próxima geração.

Leia mais:

-> Pensando Sobre Games: Metroid

-> Top 5 jogos baseados em filmes

-> Jogos exclusivos ainda têm a mesma relevância de antigamente?