Uma das mais tradicionais indústrias de Joinville e de Santa Catarina tirou um incômodo carimbo do nome. A Wetzel, metalúrgica de 90 anos que produz componentes em alumínio e ferro para os setores automotivo e de agronegócio, entre outros, não está mais em recuperação judicial. Em sentença proferida nesta segunda-feira (26), o juiz Luis Paulo Dal Pont Lodetti, da 4ª Vara Cível de Joinville, determinou o encerramento do processo, iniciado em fevereiro de 2016.

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Na decisão, o magistrado anotou que não há mais notícia de reclamações pendentes de descumprimento do plano de recuperação judicial – documento, aprovado por credores, em que a empresa propõe como pretende pagar as dívidas. O prazo de fiscalização judicial, de dois anos, também já havia esgotado.

“A companhia tem a satisfação de informar que o encerramento da recuperação judicial representa a superação da crise, a volta à normalidade operacional em bases sólidas e a retomada do crescimento da Wetzel”, destacou a empresa em fato relevante divulgado ao mercado.

Compromissos assumidos antes do pedido de recuperação judicial e que ainda não tiveram os créditos habilitados permanecerão sujeitos aos efeitos do plano e serão pagos de acordo com os prazos, termos e condições já estabelecidos, acrescentou a companhia.

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Na época em que entrou em recuperação judicial, a Wetzel tinha uma dívida calculada em R$ 101 milhões. A companhia justificou a crise a partir da queda nos volumes de produção das indústrias automobilística e de fundição e do alto custo de fontes de financiamento, além da necessidade de aumentar o capital de giro.

A recuperação judicial é um dispositivo previsto em lei justamente para tentar impedir a falência de um negócio. Apesar do atestado de empresa em apuros financeiros, o mecanismo facilita o processo de reestruturação ao abrir possibilidade de suspensão de ações e de prolongamento e parcelamento de dívidas, com descontos para o pagamento dos valores devidos.

O encerramento do processo não significa dizer que a Wetzel está livre de dívidas – o quadro geral de credores ainda aponta um passivo de R$ 92,3 milhões –, mas indica que a empresa está se reestruturando e honrando os compromissos assumidos.

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