A catarinense WEG ficou ainda mais valiosa em 2022. O valor de mercado – soma de todas as ações – da companhia cresceu 16%, saltando de R$ 138,4 bilhões para R$ 161,6 bilhões. No último ano, a empresa registrou uma receita operacional líquida de R$ 29,9 bilhões, alta de 26,9%. O lucro líquido teve incremento de 17,3%, passando a R$ 4,2 bilhões. Os dados constam em relatórios financeiros apresentados a investidores na última semana.

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Ao divulgar os números de 2022, a WEG também destacou, no balanço financeiro, que reservou um orçamento de capital de R$ 1,6 bilhão para investimentos ao longo de 2023. Em conferência com analistas, o diretor de Finanças e Relações com Investidores, André Menegueti Salgueiro, disse que o montante é superior ao R$ 1,2 bilhão destinado no ano passado.

— Esse investimento é para suportar os níveis atuais de crescimento da companhia — frisou.

O executivo ressaltou que parte dos investimentos já foi anunciada ao longo de 2022, caso dos R$ 660 milhões a serem direcionados em três anos à operação em Jaraguá do Sul, onde uma nova fábrica de motores dedicada à mobilidade elétrica será construída. Segundo Salgueiro, 55% do montante previsto para 2023 será aplicado no Brasil. Além da planta catarinense, as unidades industriais de Betim e Itajubá, ambas em Minas Gerais, também serão ampliadas.

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No exterior, a WEG planeja aumentar a capacidade de produção de fábricas no México e na Índia, além de mirar crescimento também em países como Portugal, Estados Unidos e China. Segundo Salgueiro, uma fatia dos investimentos ainda será voltada à modernização e automação das operações.

A WEG tem 52 fábricas em 15 países, concentrando mais de 39 mil funcionários – foram mais de mil novas contratações em 2022 –, incluindo 4,3 mil engenheiros. Diariamente, a empresa produz mais de 70 mil motores.

Perspectivas para 2023

Apesar do considerável plano de investimentos, a WEG alerta, no balanço financeiro, que 2023 deve apresentar “um cenário mais desafiador para o crescimento da economia global”. E diz acreditar em um cenário mais favorável na América do Norte e de mais incertezas na Europa. Apesar dos riscos, a companhia enxerga oportunidades motivadas pela busca por mais eficiência em equipamentos como motores elétricos e uma maior necessidade de investimentos no setor de energia.

No Brasil, a WEG avalia que o cenário é menos estimulador para o desenvolvimento de novos investimentos, sobretudo com a projeção de taxa de juros alta. Ainda assim, a empresa diz esperar desempenho positivo nos negócios no país, tanto na parte industrial como em geração, transmissão e distribuição de energia e mobilidade elétrica.

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