A definição da eleição para prefeito em Blumenau no primeiro turno surpreendeu os adversários de Egidio Ferrari (PL). Embora levantamentos internos dos partidos apontassem essa possibilidade, ela era considerada remota dentro das demais campanhas. O próprio estafe do delegado de polícia analisava o cenário com cautela.

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Entre os oponentes, avalia-se que a força da máquina pública ao lado de Ferrari e o “voto útil” na direita para resolver a parada logo fizeram a diferença na reta final. O resultado foi especialmente frustrante para Odair Tramontin (Novo). O promotor de Justiça aposentado demonstrava tanta confiança em ir ao segundo turno que inclusive chegou a projetar os próximos dias de campanha.

O recado que o eleitor de Blumenau deixa nas urnas em 2024

— Nós teremos uma longa caminhada pela frente ainda. E com muita humildade eu quero andar por Blumenau todos os dias para conquistar aqueles eleitores que não conquistei no primeiro turno. E certamente, lá no final de outubro, nós vamos comemorar e celebrar esse novo tempo que se espera e que se oferece a Blumenau — disse à Rádio Clube durante a tarde, antes da abertura das urnas.

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Ana Paula Lima (PT) também tinha a expectativa, embora um pouco menor, de que poderia ir a um eventual segundo turno. A recepção à campanha, contou a petista à coluna, alimentava essa esperança, fortalecida por levantamentos internos do partido. O resultado não se confirmou nas urnas. Ela considera, no entanto, ter feito seu papel.

— Acho que cumpri minha tarefa, inclusive de dar uma pacificada durante o processo eleitoral, para acabar com o sistema de ódio. Fizemos uma campanha propositiva e demos sugestões de forma tranquila e respeitosa — avalia.

O resultado também chamou a atenção porque este não era, na avaliação de Ricardo Alba (Podemos), o sentimento visto nas ruas. Com uma campanha descrita como “franciscana”, com poucos recursos e tempo de televisão, ele próprio admite que seria difícil ir a um segundo turno. Ainda assim, a definição neste domingo não era esperada.

— Desejo sucesso para quem ganhou. Demos a nossa contribuição para a cidade, mostramos os problemas e o que deve ser melhorado. O povo blumenauense fez a sua opção e respeitamos isso — relatou à coluna.

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Rosane Martins (PSOL) fez coro ao discurso de surpresa pela fatura ter sido liquidada em primeiro turno, o que contrariava, segundo ela, as expectativas da maior parte das pesquisas. Apesar de ter feito menos de 1% dos votos válidos, a advogada disse que o partido foi importante “para trazer questões que ninguém estava discutindo”:

— O PSOL existe e vai continuar fazendo a oposição e os embates, porque a gente entende que o governo representa 50% de Blumenau, e não a cidade toda.

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