Empresa buscou a Justiça para renegociar dívidas de R$ 32 milhões (Foto: Arquivo NSC Total)
A Vinícola Alleanza, de Pinheiro Preto, Meio Oeste catarinense, entrou em recuperação judicial. O pedido, deferido no dia 1º de junho, tramita na Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais e Extrajudiciais da Comarca de Concórdia. A empresa ganhou prazo de 60 dias, a partir da data da decisão, para apresentar um plano mostrando como pretende renegociar as dívidas, na casa dos R$ 32 milhões, segundo informações do processo.
A empresa, ainda de acordo com os autos, foi aberta em 2011 atendendo, inicialmente, apenas Santa Catarina. Mais tarde, passou a abastecer também o Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo – são mais de 600 clientes. A estrutura do negócio contempla uma fábrica de 1,9 mil metros quadrados, produção anual de 2,5 milhões de litros, 21 funcionários e uma frota de oito caminhões.
Problemas de gestão teriam agravado a situação econômica da empresa, conforme informações do processo. Margens apertadas exigiram aportes financeiros para atividades do dia a dia do negócio, o que provocou aumento no endividamento, queda na produção e impacto no fluxo de caixa. A Alleanza cita ainda inadimplência de vendas “realizadas sem critérios”.
O pedido de recuperação judicial engloba também a Vailatti Bebidas, empresa do mesmo grupo criada para diversificar a produção e dar suporte à operação logística e de distribuição do negócio. Além de vinhos, a Alleanza, que chegou a abrir filial em Belo Horizonte (MG), também fabrica coolers, sucos de uva branca e coquetéis.
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Procurada para comentar o assunto, a Alleanza não deu retorno até o momento desta publicação. O espaço está aberto para a manifestação da empresa.
Confira as empresas de SC que mais faturam
Bunge Alimentos: a multinacional de capital holandês mantém a sede brasileira em Gaspar. Receita: R$ 78,5 bilhões (Foto: Jandyr Nascimento, NSC Total, BD)
BRF: empresa fruto da fusão entre Sadia e Perdigão, duas gigantes de alimentos. Receita: R$ 53,8 bilhões (Foto: Divulgação)
WEG: uma das maiores fabricantes de motores e equipamentos elétricos do mundo. Receita: R$ 29,9 bilhões (Foto: Leo Munhoz, NSC Total, BD)
Aurora: uma das maiores cooperativas de alimentos do Brasil e do mundo. Receita: R$ 20,4 bilhões (Foto: Sirli Freitas, NSC Total, BD)
Engie: gigante do setor de energia com origem francesa, que mantém sede no Brasil em Florianópolis. Receita: R$ 11,9 bilhões (Foto: Divulgação)
Grupo Pereira: supermercadista dono de bandeiras como Comper e Fort Atacadista. Receita: R$ 11,2 bilhões (Foto: Marcelo Pertile, Divulgação)
Whirlpool: multinacional fabricante de eletrodomésticos de linha branca, dona de marcas como Consul e Brastemp. Mantém sede no Brasil em Joinville. Receita: R$ 10,8 bilhões (Foto: Rodrigo Phillips, NSC Total, BD)
Havan: uma das maiores redes varejistas do Brasil, com foco em lojas de departamentos. Receita: R$ 10,5 bilhões (Foto: Divulgação)
Tupy: uma das maiores indústrias metalúrgicas da América Latina. Receita: R$ 10,1 bilhões (Foto: Divulgação)
Celesc: empresa de capital misto, controlada pelo governo de SC, responsável pela distribuição de energia no Estado. Receita: R$ 10 bilhões (Foto: Divulgação)
Cooperalfa: cooperativa de alimentos com origem no Oeste catarinense. Receita: R$ 8,4 bilhões (Foto: Divulgação)
Grupo Koch: supermercadista dono das bandeiras Koch e Komprão. Receita: R$ 6,4 bilhões (Foto: Luiz Junior, VP Social)
Tigre: fabricante de tubos e conexões. Receita: R$ 5,8 bilhões (Foto: Leo Munhoz, NSC Total, BD)
Coopercampos: cooperativa ligada ao agronegócio. Receita: R$ 4,28 bilhões (Foto: Divulgação)
Intelbras: fabricante de equipamentos de segurança, comunicação e energia. Receita: R$ 4,23 bilhões (Foto: Divulgação)
Eletrosul: subsidiária da Eletrobras, com sede em Florianópolis. Receita: R$ 3,65 bilhões (Foto: Mariana Eli, Divulgação)
Giassi: rede de supermercados. Receita: R$ 3,4 bilhões (Foto: Divulgação)
Angeloni: rede de supermercados. Receita: R$ 3,24 bilhões (Foto: Divulgação)
Ailos: central que reúne 13 cooperativas de crédito. Receita: R$ 3,13 bilhões (Foto: Pedro Machado, NSC Total, BD)
Clamed: grupo farmacêutico dono das marcas Drogaria Catarinense e Preço Popular. Receita: R$ 3 bilhões (Foto: Divulgação)
Tuper: outra grande empresa catarinense da metalurgia. Receita: R$ 2,7 bilhões (Foto: Divulgação)