Um dos rostos mais conhecidos do cooperativismo de Blumenau e do Vale do Itajaí, com influência também em toda Santa Catarina e no Brasil, se prepara para uma nova fase na carreira. Aos 75 anos, Moacir Krambeck está deixando a presidência do Conselho de Administração da Viacredi após 23 anos. A troca de comando na linha de frente da maior cooperativa de crédito do país foi ratificada em assembleia do último dia 23 de julho. A mudança agora só precisa ser homologada pelo Banco Central.
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Sob a gestão de Krambeck, a Viacredi cresceu e ultrapassou fronteiras. De cerca de 10 mil cooperados, há 25 anos, passou para mais de 580 mil – um volume que inclui praticamente metade da população de Blumenau –, com um ativo de R$ 6,8 bilhões sob sua gestão. São mais de 1,5 mil colaboradores e quase 100 postos de atendimento em 21 cidades do Estado. Em 2019, com aval do BC, a cooperativa iniciou a expansão para o Paraná. Curitiba, São José dos Pinhais e Pinhais são alguns dos alvos de atuação no estado vizinho.
Deixar a presidência do Conselho da Viacredi, no entanto, está longe de significar aposentadoria para Krambeck. Ele segue como conselheiro e à frente da Central Ailos. A próxima meta, diz ele, é ajudar a fazer crescer as outras 12 cooperativas que integram o sistema.
— Elas estão em regiões que podem crescer muito, mas precisam de estímulo e provocação. E eu vou ter mais tempo para fazer essa provocação — defende.
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Sucessão
A saída não é repentina. Há oito anos Krambeck sinalizou o desejo de deixar a presidência. A sucessão começou a ser planejada em 2016. O escolhido para receber o bastão é Sérgio Cadore, o vice das últimas duas gestões. Natural de Itajaí, Cadore tem 67 anos, formação em Administração, pós-graduação em Engenharia de Produção e tem anos de ligação com o cooperativismo.
Parte da preparação de Cadore para assumir o cargo, além da proximidade com as decisões do dia a dia, incluiu uma imersão de dez dias na Alemanha, para conhecer de perto o modelo cooperativista germânico, e cursos sobre governança corporativa.
— Estou convencido que entreguei (a gestão) para pessoas que continuarão levando os valores e princípios cooperativistas em primeiro lugar — diz Krambeck.
O novo presidente assume com pelo menos dois desafios: manter o suporte aos cooperados afetados pela pandemia – a Viacredi já adiou pagamentos de parcelas de empréstimos e financiamentos – e cumprir uma meta estabelecida pelo Banco Central de dobrar o cooperativismo de crédito no país até 2022.
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— Meu grande desejo é que o resultado da Viacredi seja o sucesso dos nossos cooperados nos seus negócios. Isso é a minha mola extra — diz Cadore.
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