Principal proponente da CPI do transporte coletivo de Blumenau, o vereador Carlos Wagner (PSL) formalizou nesta terça-feira (6) na Câmara um pedido de informação sobre a resolução que determinou a instauração da comissão parlamentar de inquérito. Wagner contesta a composição do grupo, que deve ter maioria governista, e pede a elaboração de um parecer que justifique os encaminhamentos. A Procuradoria da Casa deve avaliar a situação.

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Em memorando urgente enviado à Mesa Diretora, Wagner faz três questionamentos: qual foi a forma utilizada para a composição dos membros da CPI, quais dispositivos legais levaram à escolha de um membro do PSDB para a comissão e qual a fundamentação para que o primeiro signatário da CPI, ele próprio no caso, seja também o representante da minoria – partidos com apenas um representante na bancada.

A CPI foi instaurada na última quinta-feira (1º), mas a resolução que abriu caminho para investigar o contrato e a prestação do serviço do transporte coletivo em Blumenau acabou blindando o governo Mário Hildebrandt (Podemos). O entendimento foi de que duas das três vagas do grupo deveriam ser ocupadas por representantes do Podemos e do PSDB, únicas legendas com mais de um parlamentar na Câmara – e que são base de sustentação da atual gestão.

O questionamento de Wagner é uma tentativa de mudar a composição da CPI e o próprio rumo da investigação – desse pedido deve depender a indicação dos nomes para a presidência e relatoria. Na atual conjuntura, um grupo de trabalho que tenha entre os integrantes os vereadores Alexandre Matias (PSDB) e Marcelo Lanzarin (Podemos), ex e atual líder do governo indicados pelos seus respectivos partidos, enfraquece as aspirações do parlamentar novato.

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Vereador questiona composição da CPI do transporte coletivo de Blumenau

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