O vereador Alexandre Matias (PSDB) está propondo uma nova alternativa para que a Câmara de Blumenau construa sua tão sonhada sede própria. Sugere o parlamentar que a prefeitura contrate um financiamento – algo que o Legislativo não pode fazer – e pague pela execução das obras. Em contrapartida, o Executivo abateria o valor das parcelas do duodécimo repassado à Casa, que não tem orçamento próprio e depende dessas transferências para custear suas atividades.

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Segundo Matias, modelo semelhante já foi adotado em Itajaí. O tucano falou sobre o tema na tribuna durante a sessão da última quinta-feira, mas ainda não oficializou a discussão junto à Mesa Diretora. Antes, fará uma visita à cidade litorânea nesta quarta. Vai atrás de subsídios para encorpar a defesa do projeto e então verificar, com a Secretaria da Fazenda, a viabilidade de replicá-lo em Blumenau.

O desejo pela sede própria é antigo no Parlamento blumenauense. O imóvel que abriga as instalações da Câmara, na esquina da Rua XV de Novembro com a Rua das Palmeiras, no Centro Histórico, é alugado e custa R$ 66 mil por mês – quase R$ 800 mil por ano. Há certo consenso de que se trata de um desperdício de dinheiro público. Por outro lado, esse é um debate que costuma desencadear forte reação popular, provocando desgaste ao Legislativo.

Fundo próprio

A Câmara tem uma espécie de poupança destinada à construção de uma nova sede. Todos os anos parte das sobras financeiras é direcionada a um fundo específico, que já soma cerca de R$ 3 milhões, enquanto o restante retorna aos cofres do Executivo.

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No início de setembro, aliás, a Casa apresentou um novo projeto para a sede própria. A ideia é erguer um prédio de cinco andares onde hoje funciona o estacionamento dos servidores, na Rua das Palmeiras, ao lado do Museu da Família Colonial. O investimento estimado gira entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões e inclui também a implantação de um parque ciliar.