Enquanto o volume de emplacamentos de automóveis patina em Santa Catarina em 2021, com retração de 9,1% no acumulado até novembro em comparação ao resultado de 2020, chamam a atenção nos dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave-SC) as vendas de novas motos: alta de 27,1% em 11 meses do ano. A disparada do preço dos carros zero quilômetro e dos combustíveis ajuda a explicar a maior procura pelos veículos de duas rodas.
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O diretor da Fenabrave-SC, André Andreazza, faz uma ponderação sobre os números. Lembra que um desarranjo na cadeia de insumos da indústria automobilística — como a escassez de semicondutores, que inclusive levou à interrupção na produção em fábricas — tem prejudicado a produção de automóveis, o que contribui para a elevação do preço final e, como consequência, também para a redução das vendas. O executivo acrescenta ainda que a base comparativa de 2020 foi deteriorada pela pandemia. Dados de 2021, portanto, precisam ser analisados com um asterisco.
Quando se olha para o todo, o volume de emplacamentos em Santa Catarina apresenta alta de 6,18% entre janeiro e novembro em relação ao mesmo período de 2020. Além de automóveis e motocicletas, entram nessa conta comerciais leves (+9,14%), caminhões (+46,3%) e implementos rodoviários (+49,8). Além dos carros, os emplacamentos de ônibus também reduziram neste ano, em 18,8%.
Considerando apenas o Vale, o recorte aponta números semelhantes. Entre janeiro e novembro, o volume de emplacamentos de automóveis caiu 9,44% na comparação com 2020. Já o de motos teve acréscimo um pouco inferior à média estadual, de 17,9%. Na região, as vendas de veículos, incluindo todas as categorias, acumulam alta de 2,7% em 2021.
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Brecha
O recém-criado Fundo Municipal de Transporte Urbano de Blumenau não prevê explicitamente o uso de recursos para pagamento de salários de motoristas e cobradores de ônibus, como na prática vem acontecendo desde que a prefeitura passou a fazer aportes mensais no caixa da Blumob para equilibrar financeiramente a concessão.
Mas a lei aprovada abre brechas. O texto cita como uma possível finalidade o custeio e o investimento de “outras atividades associadas à circulação e ao transporte público”. Ou seja, há margem para quase tudo.
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