A UFSC recebeu cinco ofertas de imóveis que poderiam ser usados para ampliar as atividades e os cursos gratuitos de graduação oferecidos no campus de Blumenau. A partir de agora, uma comissão interna da universidade federal vai avaliar as propostas enviadas durante a chamada pública, encerrada nesta terça-feira (18). Essa análise deve ser feita nos próximos 30 dias, diz o professor Adriano Péres, que recém assumiu a direção da unidade local.

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Por decisão interna, a UFSC não divulgará, por enquanto, a localização e a característica dos imóveis – se são terrenos ou edificações já construídas, por exemplo –, para evitar especulação imobiliária. Mas Péres adianta que três deles ficam no bairro Velha, um na Itoupava Central e outro na Itoupava Norte. 

À coluna, o professor classificou como positiva a resposta do mercado à chamada pública lançada em junho, que tinha o objetivo de mapear possíveis locais para a expansão. A universidade tem preferência por uma área nas proximidades da Rua João Pessoa, no bairro da Velha, onde já funcionam as sedes administrativa e acadêmica. Mas a localização não é uma imposição. Outros fatores, como preço do aluguel e tamanho, também serão considerados.

Por anos a UFSC tentou encontrar uma área para construir uma sede própria em Blumenau, mas a ideia esbarrou na falta de orçamento e de força política. Agora, a universidade está disposta a fechar um contrato no modelo built to suit. Neste caso, é encomendado um projeto a um investidor, que constrói ou reforma um espaço de acordo com uma proposta sob medida. Em contrapartida, a federal fecha um contrato de locação por um longo período, de pelo menos cinco anos.

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Péres diz que o campus de Blumenau não tem um orçamento próprio. Por isso, as tratativas para uma eventual expansão passam pelo comando da UFSC. O professor adianta que há sinalizações internas positivas de que o projeto seja incluído entre as prioridades da reitoria.

Espaço pequeno

Ao lançar a chamada pública, a UFSC alegou que a não ampliação das atividades em Blumenau provocaria “estagnação do campus”, já que as atuais instalações ficaram pequenas. A universidade busca um novo espaço para abrir mais salas de aula para graduação e pós, com laboratórios, auditório para formaturas e eventos, espaço de convivência para estudantes e quadra poliesportiva.

Hoje estudam no campus de Blumenau cerca de 1,7 mil alunos, divididos em três estruturas. A expansão física abriria caminho para a federal negociar junto ao Ministério da Educação (MEC) a inclusão de novos cursos na grade curricular. Atualmente a universidade oferece seis cursos de graduação e quatro de mestrado nas áreas de engenharias têxtil, de materiais e controle e automação, química, física, matemática e nanociência.

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