O comando da Dudalina pode mudar de mãos mais uma vez. O banco BTG Pactual chegou a um acordo para aumentar a participação acionária na Veste S.A (antiga Restoque), dona da tradicional camisaria catarinense e de outras grifes como John John e Le Lis. O BTG já tem, indiretamente, 18,99% do capital social da companhia. Com a operação, aumentaria a fatia para 67,40%, assumindo o controle dos negócios.

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Sônia Hess lembra bastidores da venda da Dudalina

Um ato de concentração já tramita no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão ligado ao governo que avalia os impactos de fusões e aquisições no mercado. Em um dos documentos do processo, consultado pela coluna, o BTG informa que a operação está em linha com a sua estratégia de investimentos e representa uma oportunidade de geração de valor para o grupo e seus acionistas.

Em fato relevante divulgado ao mercado nesta sexta-feira (8), a Veste S.A disse que foi informada pelo BTG de um acordo entre acionistas para a potencial aquisição do controle da companhia, em transação que ainda estaria sujeita a diligências e à aprovação do próprio Cade.

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Confirmada, a operação representaria a terceira troca de gestão da Dudalina, que hoje existe somente como marca, em pouco mais de uma década. Em 2013, os fundos americanos Advent e a Warburg Pincus compraram o controle da companhia, que até então estava nas mãos dos herdeiros dos fundadores, Duda e Adelina Hess de Souza.

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Um ano depois, a Restoque, que em 2022 mudaria de nome para Veste S.A, anunciou a compra de 100% da empresa. A nova dona provocou uma ampla reestruturação da camisaria, que incluiu o fechamento de todas as fábricas da marca até então instaladas no Vale do Itajaí.

Em 2024, a Veste S.A teve faturamento líquido ajustado de R$ 1,12 bilhão. Com 40 lojas no país, a Dudalina foi a segunda principal marca do grupo no ano passado, com receitas de R$ 234,6 milhões – alta de 4,8%.

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