Os trabalhadores do transporte público de Blumenau aprovaram nesta sexta-feira (29), em duas assembleias, as bases da proposta para a convenção coletiva da categoria feita pelo desembargador Roberto Luiz Guglielmetto, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O magistrado entrou em campo depois que a Blumob, concessionária responsável pela prestação do serviço, e os funcionários não chegaram a um consenso sobre os termos da campanha salarial.
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A proposta da Justiça do Trabalho prevê a manutenção de todas as cláusulas da atual convenção coletiva de trabalho e reajuste de salários e vale-alimentação em 2,55%, índice equivalente à variação da inflação medida pelo INPC nos últimos 12 meses. Ou seja, a categoria abre mão de pedir 5% de aumento real nos vencimentos, como havia sido aprovado na pré-campanha.
A novidade, como a coluna já havia adiantado, seria a instituição de um programa de participação de lucros e resultados (PPR), como já existe no transporte coletivo de Florianópolis. Na Capital, o benefício pode chegar a 60% do piso de cada função, considerando o cumprimento de metas pessoais (assiduidade e faltas injustificadas) e coletivas (multas e acidentes).
A única ressalva foi com relação ao reajuste do vale-alimentação. Segundo o Sindetranscol, que representa a categoria, os trabalhadores ainda vão lutar por um reajuste maior que a reposição do INPC. A entidade também diz manter o compromisso de discutir com a prefeitura a mudança da data-base da categoria (hoje 1º de novembro), a alteração de nomenclatura dos cobradores para agentes de bordo e as condições de trabalho nos terminais.
A posição dos trabalhadores será levada para a nova reunião que acontecerá na próxima segunda-feira, na sede do TRT-SC em Florianópolis, quando uma vez mais a Justiça tentará conduzir uma conciliação entre as partes. Será a hora de saber a posição da Blumob sobre as condições.
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