Mais uma grande empresa têxtil do Vale do Itajaí foi notificada pelo Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC), por suposto caso de assédio eleitoral. Desta vez foi a Círculo, de Gaspar, que tem 1,7 mil funcionários.
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Segundo denúncia do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem de Blumenau, Gaspar e Indaial (Sintrafite), a empresa teria aberto as portas da fábrica para um candidato a deputado estadual pedir votos e distribuir santinhos.
O caso ocorreu no dia 26 de setembro, a uma semana do primeiro turno. O político estava acompanhado de um dirigente da empresa. O Sintrafite admite que o gestor da Círculo não teria pedido votos abertamente, mas a entidade alega que o fato de ele ter percorrido a fábrica ao lado do candidato configuraria coação.
O sindicato afirma que outros candidatos, “todos com viés político que interessa aos negócios da empresa”, teriam tido acesso aos trabalhadores.
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No documento, o MPT-SC orienta a empresa a não “obrigar, exigir, impor ou pressionar trabalhadores” a realizar qualquer atividade ou manifestação política em favor ou desfavor de qualquer candidato ou partido político.
O órgão também alerta a Círculo para que não adote qualquer tipo de conduta que influencie o voto dos empregados no segundo turno das eleições e que o teor da notificação seja tornado público nos meios de comunicação da empresa. O descumprimento da recomendação pode “caracterizar inobservância de norma de ordem pública”, segundo o MPT-SC.
O que diz a Círculo
Procurada, a Círculo informou que estava apurando o caso para emitir um posicionamento. Depois da publicação desta notícia, a empresa encaminhou a nota abaixo:
A Círculo S/A informa que estimula e defende um ambiente democrático para debates e exposições de ideias, independentemente de posicionamentos políticos e/ou ideológicos. A empresa respeita as instituições e a individualidade de todos, e reforça que não compactua com quaisquer atitudes que contrariem a pluralidade de opiniões e nem com comportamentos que influenciem a liberdade de escolha de seus colaboradores.
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Outro caso
Na última semana, outra empresa da região, a Altenburg, também recebeu notificação do MPT-SC por suposto assédio eleitoral. A fabricante de travesseiros foi acusada de coagir funcionários e direcionar votos, com a ameaça de que a manutenção de empregos dependeria da vitória de Jair Bolsonaro (PL).
A Altenburg negou e repudiou a ocorrência de suposto assédio eleitoral, acrescentando que a notificação oportunamente será respondida.
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