A estreia dos candidatos a prefeito de Blumenau na propaganda eleitoral de televisão, nesta sexta-feira (30), foi ditada pelo tempo e pelo contexto. Com apenas 10 minutos, somados, no ar, os cinco postulantes ao cargo adotaram estratégias diferentes no primeiro contato com o eleitor nesta plataforma.

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Com bem mais tempo que os demais, Delegado Egidio (PL) optou por uma abordagem clássica nesta largada: “abrindo” as portas de casa e mostrando a família. A propaganda ressaltou a esposa e os dois filhos, vendeu a imagem de pai exemplar e destacou a trajetória do delegado de polícia, cara nova na majoritária.

O programa encerrou com a campanhia da casa tocando, com a filha do candidato dizendo que “a Maria Regina chegou”. Tudo indica se tratar de uma deixa para que a imagem da candidata a vice, que já está no atual governo, seja mais explorada numa continuação.

Já a propaganda do PT iniciou não com Ana Paula Lima, mas com o candidato a vice dela, Leo Bittencourt. O advogado dividiu o protagonismo com a cabeça da chapa, tanto no texto quando no tempo de tela. Ambos relembraram obras feitas na gestão de Décio Lima (PT) e “passaram” por bairros de Blumenau, num discurso de tom descentralizador.

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Coube a Bittencourt uma das frases marcantes deste primeiro dia de campanha na TV: “Trabalho não é de esquerda nem de direita”. A mensagem deixa claro a intenção do partido em fugir da polarização política, que em Blumenau, pelo perfil do eleitorado, prejudica legendas de esquerda. “Não é nós contra ele”, acrescentou o candidato a vice.

Com menos tempo que os concorrentes, Odair Tramontin (Novo) falou sobre o amor por Blumenau e valorizou a cidade em ritmo de poesia. Assim como Ana Paula, ele disputou a última eleição para prefeito e dispensou neste primeiro momento uma apresentação mais formal da trajetória de vida.

Somando poucos segundos, Rosane Martins (PSOL) praticamente só teve tempo para chamar os eleitores para as redes sociais, espaço onde pretende abordar ideias e propostas de governo. Apesar do espaço curto, não deixou de repetir que quer ser prefeita por uma Blumenau “mais diversa e inclusiva”, discurso sempre presente nas campanhas da sigla.

Ricardo Alba (Podemos) relembrou a trajetória política no pouco tempo que teve. Mostrou imagens de manifestações de rua que criticavam a corrupção no Brasil, movimento que o catapultou à Câmara de Vereadores em 2016 e, dois anos mais tarde, garantiu-lhe a maior votação do Estado para uma cadeira na Assembleia Legislativa.

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Credenciais apresentadas, os próximos programas devem intensificar as propostas e agendas de governo, ainda que a eleição, hoje, tende a ser mais definida pelo que se fala na internet do que na televisão.

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