Uma tecnologia com DNA blumenauense se tornou uma importante aliada no combate ao coronavírus em São Paulo, epicentro da pandemia no Brasil. O Tasy, sistema de gestão de saúde desenvolvido pela Philips, foi implantando em tempo recorde em dois hospitais de campanha abertos no estado paulista, no Ibirapuera e no Anhembi. As duas unidades já foram desativadas, mas no tempo em que estiveram em funcionamento usaram a solução para gerir a ocupação dos leitos.

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Só pelo hospital do Ibirapuera, aberto em maio com cerca de 240 leitos para atender casos de baixa e média complexidade, passaram pelo menos 2,2 mil pessoas nos três primeiros meses de operação. O projeto foi viabilizado em parceria com a empresa Digisystem e o Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP), que ficou responsável pela administração da unidade. O Seconci já usava o Tasy em outros três hospitais – Cotia, Itapecerica da Serra e Sapopemba.

No Anhembi, o sistema foi implantado pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) e ajudou a integrar as áreas da unidade, otimizando e padronizando processos e protocolos no gerenciamento de pacientes com Covid-19. A solução também foi replicada no Hospital de Parelheiros, referência para o tratamento da doença. A SPDM já utilizava o Tasy em 15 hospitais, 10 ambulatórios, seis farmácias e em três prontos-socorros. A familiaridade com a ferramenta ajudou a agilizar a implantação.

O trunfo do Tasy é centralizar informações e fornecer indicadores em tempo real da situação dos hospitais, leitos e pacientes. Num cenário crítico, isso ajuda a agilizar a tomada de decisões, destaca Luiz Arnoldo Haertel, diretor médico da área de informática clínica da Philips e uma das mentes por trás do software, nascido pelas mãos da Wheb Sistemas – empresa blumenauense comprada em 2010 pela multinacional.

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Mais vagas em Blumenau

Haertel é um dos nomes à frente do centro tecnológico que a Philips mantém no bairro Itoupava Norte, em Blumenau, referência para a empresa na América Latina. É a partir dali que é prestado suporte para o Tasy em vários países.

— É um produto de Blumenau que está sendo levado para o mundo todo — destaca.

A unidade já emprega cerca de 950 pessoas, a maior parte hoje em home-office, e a pandemia não diminuiu o ritmo de trabalho – pelo contrário. Com as restrições de contato impostas pelo coronavírus, a Philips chegou a fazer um processo seletivo via drive-thru na unidade e está com 150 vagas abertas nas áreas de desenvolvimento de software, infraestrutura tecnológica, engenharia e design. A relação de parte delas está disponível no site da empresa.

A multinacional ainda mantém planos de expansão do centro blumenauense, que aos poucos vem incorporando outras soluções de saúde desenvolvidas pela Philips nas áreas de cardiologia, oncologia e radiologia.

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