Previsto na concessão para acontecer todos os anos no dia 1º de dezembro, o reajuste da tarifa de ônibus em Blumenau será adiado em 2020, e não há previsão, por ora, de definição sobre o assunto. Integrantes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Seterb) e da Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (Agir), que fiscaliza o serviço, devem se reunir nesta semana para tratar da situação. Há muitas perguntas e poucas respostas sobre o futuro do transporte coletivo da cidade em meio à pandemia.

Continua depois da publicidade

> Quer receber notícias de Blumenau e do Vale por WhatsApp? Clique aqui e entre no grupo do Santa

Dois fatores cruciais nesta conta seguem difíceis de mensurar enquanto perdurar a crise sanitária: a quantidade de quilômetros rodados pelo sistema e a demanda de passageiros, que caiu drasticamente nos últimos meses – passando de uma média diária de 100 mil para em torno de 25 mil.

O edital de concessão do transporte coletivo da cidade prevê uma revisão tarifária periódica a cada três anos de operação. É quando são considerados todos os valores unitários lançados pela concessionária na proposta comercial. Trata-se de um processo mais complexo do que o simples reajuste da tarifa, aplicado anualmente a partir de uma fórmula que basicamente leva em consideração a variação de preços de insumos e salários de motoristas e cobradores.

Como a Blumob está em seu terceiro ano de atuação como concessionária efetiva, essa análise já começou a ser feita. Mas ainda não foi oficialmente concluída porque as condições da operação mudaram completamente após a chegada do coronavírus a Blumenau.

Continua depois da publicidade

Embora a prefeitura venha enfatizando que por enquanto não adotará novas medidas restritivas, o avanço de casos do coronavírus pode acabar resultando na redução da oferta dos ônibus a qualquer momento. A indefinição sobre o retorno às aulas presenciais também pesa porque tira muitos estudantes de circulação. A ajuda prometida pelo governo federal irá chegar? Quando e quanto? Tudo isso afeta o dimensionamento da operação e sua sustentabilidade econômica — o município inclusive já socorreu financeiramente a empresa.

O gerente de Controle, Regulação e Fiscalização de Transporte Coletivo e demais Serviços Públicos da Agir, Daniel Narzetti, diz que a agência tem intenção de promover uma audiência pública ainda neste ano. O objetivo é apresentar detalhes dos três primeiros anos de operação da Blumob, explicar a metodologia da revisão periódica do contrato e esclarecer quais as consequências da pandemia no sistema. Até lá, porém, o usuário deverá continuar pagando os R$ 4,30 quando passa pela catraca.

Quer receber notícias e análises de economia, negócios e o cotidiano de Blumenau e região no seu celular? Acesse o canal do blog no Telegram pelo link https://t.me/BlogPedroMachado ou procure por “Pedro Machado | NSC” dentro do aplicativo.