Uma startup com DNA blumenauense despertou o interesse de uma empresa com atuação nacional. Criada em 2016, a Pegaki foi comprada pela Intelipost, destaque em tecnologia para gestão de fretes. A aquisição faz parte de um plano de expansão da Intelipost, que recentemente recebeu um aporte de R$ 130 milhões do fundo de investimentos americano Riverwood Capital. O valor desembolsado para a incorporação da Pegaki, no entanto, não foi divulgado.

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A Pegaki é uma plataforma que integra portais de e-commerce, muitas vezes sem estrutura própria de distribuição, e transportadores a uma rede de pontos de coleta de mercadorias. A proposta é permitir que quem compra um produto pela internet e não quer ou pode recebê-lo em casa tenha a opção de retirar a encomenda em algum estabelecimento credenciado – como uma loja ou uma padaria, por exemplo. O mesmo ponto ser usado para encaminhar trocas de produtos.

Já a Intelipost, com sede em São Paulo, desenvolve soluções que integram embarcadores (como varejistas, indústrias e marketplaces) e transportadoras, com vistas à redução de custos com entregas. A sinergia de negócio entre as duas empresas acabou pesando nas negociações. Este é o segundo movimento recente feito pela companhia, que em dezembro anunciou fusão com a AgileProcess, de Florianópolis e especializada em soluções de roteirização e visibilidade em tempo real para logística.

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Apesar da aquisição, as empresas continuarão mantendo estruturas de gestão e marcas independentes, diz João Cristofolini, CEO da Pegaki – os outros dois sócios são Ismael Costa e Daniel Frantz. À coluna, ele comentou que as conversas começaram no ano passado. As partes têm ganhos diferentes no negócio. Enquanto a Intelipost agrega ao portfólio uma solução nova para retirada de mercadorias, a Pegaki passa a ter acesso a uma carteira de mais de 4 mil clientes da parceira.

— Um dos principais atrativos de se juntar é conseguir crescer muito mais rápido — conta.

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O crescimento da Pegaki já vinha em alta velocidade, e o fomento ao comércio eletrônico provocado pela pandemia acelerou ainda mais os negócios. A empresa, que em 2018 já havia recebido captado um aporte de R$ 1,2 milhão, saltou de um volume de 10 mil pacotes transacionados por mês para pouco mais de 1 milhão nos últimos meses, diz Cristofolini.

Hoje a Pegaki tem uma rede com mais de 1,5 mil pontos de coleta, espalhados por todo o país. A meta, a partir de agora, é ousada: elevar esse número a 20 mil nos próximos três anos. A equipe, atualmente formada por 20 pessoas, deve quintuplicar ao longo de 2021, chegando a uma centena de funcionários. A startup está com ao menos 30 vagas de trabalho abertas para início imediato, nas áreas comercial, de suporte, marketing e tecnologia.

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