Era para ser só um sistema desenvolvido em 2013 para ajudar uma autoescola a receber pagamentos dos clientes. O produto, no entanto, ganhou corpo e “virou” uma bem-sucedida fintech – como são chamadas startups dedicadas a soluções financeiras. Hoje a blumenauense PagueVeloz mantém uma plataforma onde empresas podem gerenciar boletos, realizar transferências e cobranças via cartão de crédito e utilizar saldos para pagamentos de contas. A grosso modo, é um banco digital parecido com o Nubank, só que com foco corporativo. Por ela passam R$ 6 bilhões por ano em movimentações de recursos. Já são 19 mil clientes em todo o país e o objetivo é dobrar de tamanho em 2020.

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A expansão do negócio tem sido exponencial. Segundo o diretor de operações Nilton Spengler Neto, a PagueVeloz vem crescendo 300% ao ano. O índice é característico de startups com alta escalabilidade e sempre é preciso lembrar que em empresas iniciantes a base de comparação é pequena. Ainda assim a velocidade impressiona. Para suportar o ritmo intenso, a fintech está implantando uma profunda reestruturação, com vistas à profissionalização da gestão.

Com 15 anos de experiência no mercado financeiro, o executivo Paulo Gomes, que já estava no grupo gestor, assume a liderança da PagueVeloz. O fundador José Henrique Kracik da Silva, que até então respondia pela direção, vai presidir o recém-criado Conselho de Administração, além de permanecer na área de tecnologia. A empresa ainda não abre o valor de faturamento, mas não por muito tempo: já decidiu que vai se transformar em uma S/A, processo que deve ser finalizado ainda no primeiro trimestre de 2020, e planeja abrir capital e estrear na Bolsa de Valores, se tudo der certo, em 2022.

O que mais simboliza esta etapa da PagueVeloz, porém, é a inauguração da nova sede em Blumenau. O espaço de 400 metros quadrados foi oficialmente apresentado nesta segunda-feira (9). É um conjunto de salas comerciais dentro de um edifício corporativo na Rua Herman Huscher. Ali já trabalham cerca de 50 pessoas, mas a empresa tem 100 vagas em aberto – 30 na cidade outras 70 em São Paulo, onde já existe um escritório de vendas. O crescimento, aliás, vai demandar abertura de unidades comerciais em outros estados. Minas Gerais e Rio de Janeiro são os mais cotados.

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