A cúpula catarinense do Podemos se articula para trazer o ex-juiz e pré-candidato à presidência da República, Sérgio Moro, ao Estado em março, em princípio entre o fim da primeira e o início da segunda quinzena do mês.
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As tratativas são conduzidas pelos principais nomes da sigla em Santa Catarina, entre eles os prefeitos de Blumenau, Mario Hildebrandt, e de Balneário Camboriú, Fabricio Oliveira – pré-candidato ao governo de Santa Catarina –, além do presidente estadual Camilo Martins e do ex-deputado federal Paulo Bornhausen.
Detalhes da agenda só devem ser definidos a partir de uma reunião da executiva marcada para janeiro. Mas já há um roteiro pré-estabelecido, que contemplaria a passagem de Moro por Blumenau, Joinville, Florianópolis, Criciúma e Chapecó. A visita ainda deve incluir Balneário Camboriú e Palhoça, bases eleitorais de Oliveira e Martins, respectivamente.
Moro assinou ficha no Podemos em novembro com vistas às Eleições 2022. Antes disso, o ex-magistrado que ganhou fama a partir da Operação Lava-Jato foi ventilado como possível candidato ao Senado por Santa Catarina. A disputa pela presidência, no entanto, parece seduzir Moro, que já figura na terceira posição em muitas pesquisas.
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Nas redes sociais, o ex-juiz já fala em tom de candidato. Neste domingo (26), citou pesquisa que apontou que 76% dos brasileiros aprovam a Operação Lava-Jato acrescentando que agora é preciso “revolucionar a educação, a saúde e a economia”. Pelo Twitter, também criticou, na última semana, a gestão Bolsonaro por atrasar a vacinação de crianças contra a Covid-19.
O discurso de Moro, aliás, deve merecer atenção à parte nos próximos meses. O ex-juiz coleciona desafetos entre o eleitorado dos dois nomes que polarizam a disputa presidencial até agora – foi o autor da sentença que decretou a prisão do ex-presidente Lula na Operação Lava-Jato e é taxado de traidor pela ala mais radical ligada ao bolsonarismo após ter deixado o Ministério da Justiça, ainda em 2020.
Entre um e outro, arrancar votos de Jair Bolsonaro e apresentar-se como opção moderada à direita parece ser o caminho de quem busca se consolidar como terceira via na disputa. A agenda em Santa Catarina, onde o presidente goza de alta popularidade, é um ponto lógico de partida.
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