De maneira discreta e sem alarde, a Coteminas se prepara para retomar com mais força a produção da fábrica no bairro Garcia, em Blumenau. Há duas semanas, o departamento de recursos humanos da companhia têxtil emitiu comunicado interno pedindo que funcionários indicassem parentes ou conhecidos, com a promessa de presentear aqueles que tivessem os “afilhados” recrutados.
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Fontes a par da situação da empresa disseram à coluna que alguns profissionais que saíram na demissão em massa promovida em 2023, que culminou com o desligamento de 700 trabalhadores, estão sendo chamados de volta. A Coteminas também estaria preparando novidades na confecção de lençóis e trazendo a Blumenau máquinas que não serão aproveitadas em outras fábricas do grupo.
O Sintrafite, sindicato que representa os trabalhadores da indústria têxtil, tem ouvido de trabalhadores que a empresa quer reativar toda a operação, disse à coluna o presidente da entidade, Carlos Alexandre Maske. Novos planos da Coteminas também já foram informados à prefeitura de Blumenau.
Oficialmente, dirigentes da unidade blumenauense não falam sobre o assunto, até pelo momento vivido pela Coteminas. Em maio, a gigante têxtil anunciou que entrou em recuperação judicial na tentativa de reestruturar os negócios e contornar uma crise que a fez acumular ao menos R$ 2 bilhões em dívidas.
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A Coteminas já apresentou um plano de recuperação judicial. Entre outras medidas, o documento propõe a reestruturação do passivo e venda de bens. Parte dos recursos levantados com a alienação de ativos seria distribuída aos credores. O plano sugere ainda a captação de novos recursos para a retomada operacional e a preservação de investimentos considerados essenciais para a manutenção das atividades.
Pagamentos
Em um vídeo publicado nesta semana nas redes sociais, dirigentes do Sintrafite informaram que parte do valor da venda da antiga Associação da Artex para a prefeitura de Blumenau já entrou na conta do sindicato. A partir da próxima semana, funcionários da Coteminas que ainda têm dinheiro a receber da empresa serão contatados. Cada um deve ser contemplado com até R$ 10 mil.
Em abril deste ano, o município acertou a compra da antiga associação por cerca de R$ 22 milhões. Parte deste valor está sendo repassado à Justiça do Trabalho para a quitação de débitos da empresa com trabalhadores, principalmente relacionados a rescisões de contratos de trabalho.
Além da Artex: relembre grandes empresas de Blumenau que foram vendidas
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