A Covid-19, que só no Brasil já matou 23 mil pessoas até esta segunda-feira (25) e agora começa a lotar hospitais de Santa Catarina, está longe de ser a única inimiga a ser combatida nesta guerra sanitária que assola o planeta. Em situações de desarranjo social um vírus igualmente danoso costuma encontrar terreno ainda mais fértil para florescer: são as notícias falsas, semeadas sem escrúpulos para despertar pânico e confusão na população, ou usadas para obtenção de vantagens ilícitas ou imorais — sejam elas de qualquer natureza.
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Em Blumenau a mais recente fraude travestida de informação útil e relevante chegou no início desta semana à palma da mão de moradores. Várias pessoas relataram o recebimento de mensagens no WhatsApp informando que estavam sendo monitoradas por serem casos suspeitos ou confirmados de coronavírus. O texto disponibiliza um link suspeito para mais informações.
Ao longo do dia, a Secretaria de Promoção da Saúde esclareceu que não faz contato com quem quer que seja pelo "zap". O secretário de Promoção da Saúde, Winnetou Krambeck, lamentou o episódio, reforçando o óbvio: a disseminação de notícias falsas atrapalha todo o hercúleo e incansável trabalho de conscientização e suporte de atendimento feito por autoridades e servidores da saúde há mais de dois meses.
Krambeck desabafou na coletiva de imprensa desta segunda-feira. Para ele, além de uma pandemia do coronavírus, também "estamos vivendo uma pandemia de fake news":
— É impressionante que tem pessoas que fazem esse tipo de coisa numa situação que a gente está vivendo.
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Mais tarde, a prefeitura divulgou uma nota de esclarecimento sobre a questão (confira abaixo). Fica o reforço: na dúvida, não passe a mensagem adiante. Busque antes a confirmação da informação nos canais oficiais das prefeituras, dos governos estaduais e federal e nos veículos de comunicação sérios e responsáveis. Compartilhar conteúdo dizendo que "não sei se é verdade, só estou repassando", como se isso aliviasse o ato, não deixa de fazer você ser cúmplice da desinformação.
Prefeitura de Blumenau esclarece que não faz monitoramento de pacientes com Covid-19 por Whatsapp
A Prefeitura de Blumenau, por meio da Secretaria de Promoção da Saúde (Semus), foi informada nesta segunda-feira, dia 25, de que pessoas da cidade estariam recebendo mensagens por meio do aplicativo Whatsapp sobre o monitoramento de casos suspeitos ou confirmados de Coronavírus. A Semus explica o monitoramento dos pacientes com Coronavírus é realizado exclusivamente por meio do aplicativo Pronto Mobile, não utilizando em nenhum momento a ferramenta Whatsapp.
De acordo com as informações, a mensagem recebida teria a seguinte informação: “Você está sendo monitorado por ser suspeito ou confirmado com CORONA acesse www.blumenau.sc.gov.br/monitoracovid para maiores informaoes.” (sic)
O site informado na mensagem não pertence mais à Prefeitura de Blumenau e parece ter sido invadido. A Semus esclarece que no início da pandemia e da criação das plataformas online foi utilizado um modelo gratuito de site, com direcionamento, mas que não está mais ativo. Atualmente, o site com as informações oficiais já está incorporado no domínio da Prefeitura, no endereço https://www.blumenau.sc.gov.br/coronavirus/monitoramento.
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A secretaria esclarece ainda que o monitoramento de pacientes com casos confirmados da Covid-19 ou que aguardam resultado de exame, é realizado por meio de ligação telefônica, na qual são questionadas informações sobre o estado de saúde da pessoa e há identificação do profissional de saúde. O primeiro contato da Prefeitura por meio do celular é feito por mensagem (SMS), com o texto: “Você está sendo monitorado por suspeição de infeção com CORONA vírus. Acesse blumenau.sc.gov.br/coronavirus/monitoramento/ para maiores informações”.
Já os demais contatos são realizados por notificações do tipo “push”, disparadas pelo aplicativo Pronto Mobile. Ao clicar na mensagem, o usuário será direcionado para o aplicativo oficial da Semus, que é o Pronto.
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