Quem esperava mudanças mais profundas no primeiro escalão da prefeitura de Blumenau, até como possível consequência da formação da coligação vencedora das últimas eleições municipais, perdeu a aposta. A reforma administrativa para a largada do segundo mandato de Mário Hildebrandt (Podemos) reformou pouco, quase nada, pelo menos em relação à titularidade das secretarias municipais. Prevaleceu, para Hildebrandt, a lógica de que em time que está ganhando não se mexe, condição sustentada pela expressiva votação conquistada pelo prefeito no segundo turno do pleito de novembro passado.
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Sem muitas surpresas, nomes já carimbados da atual gestão foram oficialmente confirmados nesta segunda-feira (8) depois de uma primeira leva, anunciada em janeiro. O prefeito mantém o núcleo duro e de confiança do governo, com as presenças dos secretários Anderson Rosa (Administração), Cesar Poltronieri (Fazenda), André Espezim (Comunicação), Júlio Augusto de Souza Filho (Procuradoria Geral) e Paulo Costa (Gestão Governamental), além do chefe de gabinete César Botelho. Com prestígio nos bastidores, Patrícia Lueders (Educação) e Winnetou Krambeck (Saúde), assim como outros atuais titulares, também permanecem.
A grande novidade é a extinção da Secretaria de Mobilidade Sustentável e Projetos Especiais, criada para gerenciar projetos vinculados ao BID e cujas atribuições serão absorvidas por Obras e Planejamento. No lugar dela será criada a Secretaria de Concessões e Parcerias, sob a liderança do ex-vereador Sylvio Zimmermann (PSDB). A nova pasta institucionaliza de vez uma das principais bandeiras da gestão de Hildebrandt, a concessão de áreas e serviços públicos à iniciativa privada – projetos como o Frohsinn, o Museu da Cerveja e as praças Victor Konder e Dr. Blumenau já estão encaminhados.
Na prática, a secretaria concentrará todos os projetos do pacote de concessões lançado em julho de 2019. Até então, eles estavam espalhados em pastas distintas, de acordo com a proposta – alguns estavam com o Turismo, por exemplo, outros no Planejamento e assim por diante. Colocar todos sob o mesmo telhado é uma tentativa de fazer com que eles avancem mais rapidamente. Internamente, a avaliação é de que o modelo veio para ficar em definitivo, ajudando a desonerar o poder público.
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A outra novidade no primeiro escalão é Ricardo Echelmeier na Secretaria do Esporte, ele que já trabalhou na pasta com Egidio Beckhauser (Republicanos), atual presidente da Câmara de Vereadores. A secretaria de Planejamento também tem um novo titular, nem tão novo assim: o polivalente Éder Boron, que acumula passagens no Seterb e no Meio Ambiente. Em obras, Michael Maiochi foi promovido de diretor a secretário. Também não surpreende porque ele é porta-voz frequente da pasta.
A expectativa agora gira em torno das poucas posições do colegiado que seguem em aberto. Entre elas estão a Intendência do Garcia, o Procon e as secretarias de Meio Ambiente, Trânsito e Transportes e Desenvolvimento Econômico, além da Controladoria Geral.
Coincidência ou não, as duas últimas são ocupadas por Moris Kohl e Rodrigo Jansen, respectivamente, nomes que até pouco tempo atrás integravam as fileiras do DEM, adversário de Hildebrandt nas eleições. Ambos já pediram desfiliação da sigla, que vetou a participação de correligionários no governo. A ausência na segunda lista de nomes – uma terceira ainda está por vir – indica que a continuidade deles não está garantida.
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